Polícia segue pistas da quadrilha que explodiu agência bancária em Botucatu

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Assaltantes usando armas de grosso calibre renderam várias pessoas que estavam na rua e fizeram dezenas de disparos durante a ação criminosa para intimidar os moradores

 

O setor investigativo da Polícia Civil de Botucatu continua seguindo pistas que possam levar a identificação dos criminosos integrantes de uma quadrilha especializada que no último dia 11, assaltou a agência da Caixa Econômica Federal, região central da Cidade, usando artefatos explosivos.

O crime ganhou repercussão nacional em razão dos modos operante da quadrilha que, usando armas de grosso calibre rendeu pessoas que estavam na rua e fizeram dezenas de disparos durante a ação criminosa para intimidar os moradores. O ato criminoso foi gravado por câmeras de segurança, onde se observa várias pessoas que transitavam pela rua naquela hora sendo abordadas.

Os bandidos atacaram a agência da Caixa Econômica Federal por volta de 1h30. O grupo estourou a porta de vidro e explodiu o cofre com dinamite. O impacto foi tão forte que derrubou paredes do banco. Não foi divulgado o montante que os marginais levaram.

A Polícia Militar e Guarda Municipal encontrou cerca de 70 cápsulas de munições no local e não houve registro de feridos. Durante a ação, ruas no entorno da agência foram fechadas com carros para impedir a chegada da polícia. O grupo também usou "miguelitos", peça feita com pontas de ferro para furar o pneu de carros.

Após consumar o crime a quadrilha fugiu e, posteriormente, um dos carros utilizados no ataque ao banco foi localizado pela polícia ainda na quarta-feira, abandonado na rodovia Geraldo Pereira de Barros, no distrito de Vitoriana, sentido Piracicaba.

 

Assassino de PM de Piracicaba pode estar envolvido com assalto em Botucatu

A polícia também investiga se o homem que matou um policial militar em Piracicaba (SP) teve envolvimento no assalto à agência da Caixa em Botucatu. A cidade de Piracicaba fica a cerca de 115 quilômetros de Botucatu. Bandido foi morto no dia 14 em confronto com a polícia.

A troca de tiros que terminou na morte do PM aconteceu depois que o carro do suspeito foi abordado pela polícia. Ele transportava nove fuzis, colete e materiais de explosivos, o que faz a polícia suspeitar do envolvimento dele no assalto que aconteceu dias antes em Botucatu.

“Teve esse fato em Piracicaba, possivelmente relacionado ao caso de Botucatu, mas isso vai depender do trabalho pericial para colocá-los na cena do crime de Botucatu. Por enquanto é só objeto de investigação. Ele estava transportando nove fuzis, mesmo tipo de armamento utilizado aqui, então estamos fazendo o cruzamento de informações", apontou o delegado seccional de Polícia Civil de Botucatu, Lourenço Talamonte Neto.

 

Tiroteio

Segundo a polícia, a equipe abordou o veículo do suspeito na manhã do dia 14 (sábado), mas o motorista utilizou um fuzil de uso restrito por forças de segurança para fazer disparos contra os PMs e fugiu em seguida.  Dois policiais foram atingidos pelos disparos, mas Vinicius da Silva de Melo, que atuava no 10º Batalhão de Piracicaba, não resistiu aos ferimentos e morreu.

Ainda de acordo com a polícia, o suspeito foi localizado pelos policiais momentos depois em uma área de mata, próximo ao local do crime, e foi morto numa nova troca de tiros. Sérgio Gomes Samad, de 35 anos, tinha três passagens por roubo.

De acordo com a polícia, ele cumpriu pena no sistema prisional e estava em liberdade desde 2016. Na hora da morte do PM, ele estava sozinho no carro e outros suspeitos do assalto em Botucatu ainda não foram localizados.

A investigação do assalto ao banco é de competência da Polícia Federal, mas a Polícia Civil de Botucatu informa que está colaborando com as investigações.  “É um crime de competência da Polícia Federal, então todas as informações que colhemos até o momento, repassamos para a Polícia Federal que instaurou inquérito policial”, explica Talamonte Neto.