Plano São Paulo de covid-19 muda regra para facilitar flexibilização de reabertura da economia

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Para a região avançar da Fase 3-Amarela para a Fase 4-Verde, o percentual de ocupação de leitos poderá variar entre 75% e 70%,  e a região deve permanecer por 28 dias consecutivos na Fase Amarela

 

Segundo o governo, a mudança dará mais estabilidade ao ajuste de fases e vai permitir que os municípios liberem os leitos de UTI reservados a pacientes graves com novo coronavírus para outras especialidades médicas

 

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira (27) uma mudança de regra no Plano São Paulo, o que pode facilitar a flexibilização para a Fase 4 de reabertura econômica do estado, após quarentena adotada para evitar a disseminação do novo coronavírus. Segundo Doria, a mudança é uma “calibragem”, com objetivo de aprimorar o plano.Descri??o: https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1312351&o=nodeDescri??o: https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1312351&o=node

"Hoje anunciamos ajustes de alguns parâmetros já existentes na quarentena do Plano São Paulo. O objetivo é aprimorar o plano, para torná-lo mais eficiente e adequado à realidade que vivemos neste momento da pandemia", disse Doria, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

O Plano São Paulo é uma estratégia para retomada econômica durante a pandemia do novo coronavírus e é dividido em cinco fases, que vão do nível máximo de restrição, com fechamento de atividades não essenciais (Vermelho), a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul). O Plano São Paulo também é regionalizado, ou seja, o estado foi dividido em 17 regiões (com a região metropolitana dividida em cinco sub-regiões) e cada uma delas é classificada em uma fase. 

Para passar de uma fase para outra, cada região é analisada segundo cinco critérios: taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para o novo coronavírus, quantidade de leitos de UTI para cada 100 mil habitantes, evolução de novos casos nos últimos sete dias, evolução de novas internações nos últimos sete dias e variação de óbitos nos últimos sete dias.

Até então, para passar da Fase Amarela para a Verde, a região precisaria ter uma taxa de ocupação de leitos de UTI abaixo dos 60% e isso não dependia da quantidade de dias em que ela estivesse na Fase Amarela. Agora, para uma região avançar da Fase 3-Amarela para a Fase 4-Verde, o percentual de ocupação de leitos poderá variar entre 75% e 70%. No entanto, para que isso ocorra, a região precisará permanecer por 28 dias consecutivos na Fase Amarela. As novas regras começam a valer na próxima sexta (31).

Segundo o governo, a mudança dará mais estabilidade ao ajuste de fases e vai permitir que os municípios liberem os leitos de UTI reservados a pacientes graves com novo coronavírus para outras especialidades médicas que tiveram o atendimento adiado ao longo da pandemia.

 

Outra Mudança

O governo também fez outra mudança no Plano São Paulo, estabelecendo que os indicadores de variação das internações e dos óbitos exigirão números absolutos por 100 mil habitantes. Os novos índices ainda serão aprovados pelos especialistas do Centro de Contingência de Coronavírus amanhã (28), mas devem ficar abaixo de 40 internações por 100 mil habitantes e de cinco mortes por 100 mil habitantes.

“Esses fatores absolutos são indicadores que têm sido utilizados mundialmente e que, na discussão do Centro de Contingência, insistiu-se nessa ‘trava’ além das quatro semanas”, explicou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, durante a coletiva do Palácio dos Bandeirantes.

Nenhuma região do estado atingiu a Fase 4–Verde até agora. Mas a capital paulista, por exemplo, está há 28 dias na Fase 3-Amarela do Plano São Paulo. Segundo a última atualização do Plano São Paulo, anunciada na última sexta-feira (24), apenas três regiões do estado se mantêm na Fase 1-Vermelha: Ribeirão Preto, Franca e Piracicaba.

 

As cinco fases do Plano SP

Fase 1 (vermelha) definida como "alerta máximo". Nela, apenas os serviços essenciais, indústria e construção civil tem permissão para funcionar. 

A fase 2 (laranja) é de "atenção". Nela, podem voltar a funcionar com restrições atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércios e shoppings centers, priorizados de acordo com sua vulnerabilidade econômica

Na fase 3 (amarela), de "flexibilização", o plano libera totalmente as atividades retomadas na etapa anterior, mantendo as restrições apenas em shoppings e comércios. Também permite a reabertura, com limites, de bares, restaurantes e salões de beleza.

A fase 4 (verde), de "abertura parcial", inclui as academias para a reabertura com restrições. 

A fase 5 (azul), chama de "normal controlado" permite a retomada das atividades sem restrições, desde que seguidos os protocolos de segurança sanitária. O estado de São Paulo prevê um prazo de 9 a 18 meses, contados a partir de março, para finalizar o processo de reabertura.

Agencia Brasil