Sem adiantar valores, Ministro da Economia confirma mais dois meses de auxílio emergencial

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Inicialmente, o programa duraria dois meses, e a suspensão de jornada valeria por até três meses, mas em julho foi ampliado a validade dos acordos para 120 dias, período máximo atualmente em vigor

 

O programa de suspensão de contratos de trabalho e de redução de jornada e de salário será prorrogado por dois meses. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (21) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. “Vai até dezembro, só não sei qual vai ser o valor”, disse realçando que a iniciativa foi a medida mais eficaz adotada pelo governo para preservar empregos durante a pandemia do novo coronavírus.

“(Conseguimos) preservar 16 milhões de empregos gastando pouco mais de R$ 20 bilhões. O programa tem tanto sucesso que vamos estender por mais dois meses justamente para continuar preservando esses empregos enquanto a economia faz essa volta em V”, declarou o ministro em entrevista coletiva para divulgar as estatísticas de empregos formais em julho.

Guedes também informou que o governo anunciará novas medidas na terça-feira, como o relançamento do programa de carteira de trabalho Verde Amarela, lançada no ano passado por meio de uma medida provisória que perdeu a validade, e do programa Renda Brasil, que pretende expandir o Bolsa Família. Além de medidas para o mercado de trabalho, será lançado um programa habitacional.

 

Seriam apenas dois meses

Inicialmente, o programa de suspensão de contratos duraria dois meses, e a suspensão de jornada valeria por até três meses. Em julho, o presidente Jair Bolsonaro publicou um decreto ampliando a validade dos acordos para 120 dias, período máximo atualmente em vigor.

Caso saia a nova prorrogação, os acordos passarão a ser válidos por até 180 dias. Desde o início do programa, em abril, 16,3 milhões de trabalhadores fecharam acordo de suspensão de contratos de trabalho ou de redução de jornada e de salário em troca de complementação de renda e de manutenção do emprego.

Em visita ao Rio Grande do Norte, o presidente Jair Bolsonaro disse que o auxílio emergencial será prorrogado até dezembro, mas ressaltou que o benefício não pode ser definitivo.

 

Sem valores definidos por enquanto

Como já fez anteriormente, ele deixou claro que as novas parcelas ainda não possuem valores definidos. Esta semana, Bolsonaro sinalizou que o valor deve ser um meio termo entre os R$ 200 defendidos pela equipe econômica e os atuais R$ 600 destinados a trabalhadores informais durante a pandemia do novo coronavírus.

Nesta sexta-feira (21), ele ressaltou que a população precisa começar a ter consciência de que, mesmo prorrogado, o benefício não será eterno. “O auxílio emergencial foi bem-vindo, mas ele custa R$ 50 bilhões por ano. Infelizmente, ele não pode ser definitivo, mas vamos continuar com ele, mesmo que com valores diferentes, até que a economia realmente possa pegar no nosso País”, disse Bolsonaro no evento. “Vai até dezembro, só não sei qual vai ser o valor”, acrescentou.

(Agência Brasil e Estadão Conteúdo)