Em seu canal no Youtube o MC Bokão se pronunciou após a repercussão da música nas redes sociais.
Foto: Youtube/Reprodução
Em sua página no facebook o autor alegou fez a música baseada em notícias da imprensa dizendo que é apenas um personagem e já compôs outras músicas sobre a criminalidade
O MC Bokão autor de um fank que relata o assalto ao Banco do Brasil em 31 de julho deste ano em Botucatu foi condenado a tirar das plataformas digitais a música que já ultrapassou a 150 mil visualizações. A pena é de R$ 5 mil por dia. A justiça entendeu que a letra em que o MC se coloca no lugar dos criminosos da quadrilha e relata em primeira pessoa os acontecimentos, é apologia ao crime.
O pedido para que música fosse retirada partiu do delegado seccional Lourenço Talamonte Neto que acionou o Ministério Público. "Ele se autointitula empresário do crime. Por ser uma apologia ao crime, um incentivo, então instauramos um inquérito para apurar. Mas não podemos dar mais importância para isso do que para o crime em si", explica o delegado, lembrando que a apologia ao crime pode resultar em pena que varia de 3 a 6 meses.
Em seu canal no Youtube, que tem mais de 360 mil inscritos, o MC Bokão se pronunciou após a repercussão da música nas redes sociais. Ele diz que usou apenas imagens de videogame no clipe, não do assalto real, e que fez a música baseado em reportagens da imprensa.
"É um personagem, não tem nada a ver. Eu tenho minha vida particular, tenho filha, tenho família, não tem nada a ver uma coisa com a outra. O tipo de música que eu canto não quer dizer nada", disse o artista.
O crime
A ação criminosa aconteceu em julho, entre a noite de quarta-feira (29) e madrugada de quinta-feira (30), quando os criminosos armados e com coletes a prova de balas invadiram a Cidade e levaram dinheiro do Banco do Brasil e diversas peças de uma joalheria, havendo intensa troca de tiros entre policiais e assaltantes em diferentes pontos da Cidade. Dois policiais foram feridos, um suspeito morreu baleado e várias armas foram apreendidas
Criminosos também atearam fogo em um Toyota/Hilux que foi deixado próximo à sede do 12º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I) para impedir a saída das equipes. Eles ainda incendiaram outros veículos para bloquear rodovias e renderam moradores, que foram obrigados a ficar sobre o teto de seus veículos.