Testemunhas apontam que o jogador botucatuense Clayson não agrediu mulher de programa

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Autoridades colheram depoimentos e seis das sete testemunhas que apresentam versões das quais o jogador, que na época atuava no Cuiabá emprestado pelo Bahia

 

As investigações da Polícia Civil do Mato Grosso apontam que o atacante Clayson não agrediu Danielle Sarti, de 22 anos, em Cuiabá, no início do mês de dezembro. Autoridades colheram depoimentos e seis das sete testemunhas que apresentam versões das quais o jogador, que na época atuava no Cuiabá emprestado pelo Bahia, não cometeu nenhuma violência contra a jovem autora das denúncias.

Além disso, a Polícia também descartou a presença de outro jogador do Cuiabá, o meio-campista Rafael Gava, no momento das agressões. Inclusive, o próprio Clayson declarou que o companheiro não estava no local. Na verdade, um dos homens presentes teria falsamente se passado pelo meia.

Danielle Sarti registrou Boletim de Ocorrência acusando Clayson e outros dois homens, Daniel Pio, que se apresentou como Rafael Gava, e Paulo Henrique, de lesão corporal dentro de um motel em Cuiabá. O caso teria ocorrido na noite do dia 6 de dezembro. No dia seguinte, ela foi internada com ferimentos. A jovem contou que, além dos homens, também estava com outras duas mulheres. No documento policial, a jovem contou que o jogador quebrou uma garrafa e a agrediu.

A jovem também relatou que ao sair do motel, voltou para o alojamento da boate onde trabalhava, bebeu uma garrafa de cerveja, ingeriu duas caixas de rivotril e em seguida usou um caco de vidro da garrafa para cortar o próprio pescoço. A polícia ouviu o grupo, assim como o gerente da casa de entretenimento onde as garotas trabalhavam.

Por causa da acusação, o Cuiabá rescindiu o contrato de empréstimo de Clayson que iria até o 31 de dezembro deste ano. Ele ficou fora do último compromisso do Dourado no Brasileirão. Enquanto isso, o Bahia, cujo vínculo do atleta vai até o final de 2022, ainda não se pronunciou sobre o caso. No último dia 20, o presidente Guilherme Bellintani evitou falar do tema durante reunião com o Conselho Deliberativo.

 

O que a polícia sabe

Inquérito policial apontam que Clayson e os amigos teriam contratado as três mulheres na Boate Crystal, mas Danielle insistia em receber o pagamento antecipado. Após breve entrevero, o grupo foi para o motel e o programa seguiu normalmente. Daniel Pio não quis pagar Danielle por transferência bancária, temendo ser descoberto pela namorada.

A jovem recebeu em espécie, mas reclamou por faltar R$ 100. Ao receber o complemento, totalizando R$ 600, a discussão foi retomada com novas proporções. Ela então atirou o boné de Clayson, que estava usando, em Daniel. Este, por sua vez, demonstrou impaciência.

A partir daí, as versões divergem. Clayson, os dois amigos e as outras duas mulheres contratadas dizem que Danielle partiu para cima de Daniel e iniciou as agressões. Enquanto a jovem diz ter sido atacada fisicamente e verbalmente por Daniel, Clayson e Paulo Henrique, inclusive utilizando pedaços de vidro de uma garrafa long neck que estava quebrada no quarto. Já as outras testemunhas presentes dizem que o jogador e seus amigos apenas tentaram conter Danielle.