Governo de São Paulo incentiva a vacinação contra a covid-19 e descarta adotar medidas restritivas

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Foto – Divulgação

O estado de São Paulo está com casos e mortes em alta, mas a expectativa é de que até o final de março e início de abril haverá um decréscimo da Ômicron e, portanto, um grau muito mais descendente de necessidade de casos de internações

 

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (27) que não pretende aplicar medidas restritivas ao comércio, setor de serviços, indústria ou a qualquer outro setor da economia no estado, mesmo com aumento de casos positivos de covid-19 devido ao avanço da variante Ômicron.

O estado de São Paulo está com casos e mortes em alta, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. Em 13 de janeiro deste ano, a média móvel de casos conhecidos era de 3.492. Já em 26 de janeiro o número foi para 9.797. Além de SP, os estados RN, CE, PR, RS, AL, GO, SE, MS, AM, ES, MG, AC, AP, PB, RJ, DF, MA, BA, MT estão com curva de mortes em alta.

"Não há nenhuma perspectiva nesse sentido, e a palavra é do comitê científico com médicos e infectologistas. Eles não veem nenhuma necessidade de medidas restritivas nesse momento, e nem no momento futuro, pois a expectativa é de que até o final de março e início de abril haverá um decréscimo da Ômicron e, portanto, um grau muito mais descendente de necessidade de casos de internações. Falando diante de uma realidade, e esperando que não tenhamos uma quarta onda”.

"O que é importante é que as pessoas sigam se vacinando. Quem tomou uma dose, tome a segunda, quem já tomou duas doses e já está em tempo, tome a sua terceira dose. Vacine os adolescentes e as crianças, com a CoronaVac e também com as vacinas disponíveis pelo Ministério da Saúde e usem máscaras e álcool em gel. A população tomando esses cuidados ela se protege e evita o contágio", ressaltou.

Na quarta-feira (26), o governo estadual anunciou a abertura de 700 novos leitos exclusivos para pacientes com covid-19 no estado até o dia 6 de fevereiro. Do total, 266 serão Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 434 de enfermaria.

Os leitos serão abertos em hospitais estaduais de 14 regiões, incluindo capital e municípios da Grande São Paulo e as regionais de saúde de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Bauru, Franca, Marília, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté.

O anúncio ocorreu após as internações pressionarem o sistema de saúde pública e privada de São Paulo. Nesta quarta-feira (26), a taxa de ocupação de leitos de UTI chegou a 67,4% no estado e 72,3% na região metropolitana da capital. A ocupação de leitos de enfermaria foi de 68,2% no estado e 77,2% na Grande São Paulo. Os dados incluem hospitais particulares e públicos dedicados a pacientes com suspeita ou confirmação de coronavírus.

Segundo um levantamento realizado o número de pacientes com covid internados em UTI cresceu 194% em janeiro. Nos primeiros 24 dias do mês, a média de pacientes foi de 1.052 para 3.093. Já o total de leitos aumentou apenas 9%, de 4.346 em 1º de janeiro para 4.724 na última segunda-feira (24).

No pior momento da pandemia, em abril de 2021, o estado chegou a ter mais de 14 mil leitos de UTI destinados à covid, com ocupação acima de 90%. Mais de 500 pessoas morreram na fila a espera de uma vaga devido ao colapso no sistema. Com o avanço da vacinação e com a diminuição dos casos, parte dos leitos exclusivos para covid foi desativada nos meses seguintes.  O avanço da variante Ômicron, no entanto, voltou a pressionar o sistema de saúde desde dezembro do ano passado.