Após tratamento veterinário, animais silvestres capturados na área urbana são devolvidos ao habitat natural

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Desenvolvimento das monoculturas, o avanço das construções urbanas nas áreas verdes, queimadas e o aumento das malhas viárias diminuem os habitats naturais dos animais silvestres, que acabam invadindo a zona urbana

 

O GPA (Grupo de Proteção Ambiental) da Guarda Civil Municipal de Botucatu, em apoio ao Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens – CEMPAS, da Unesp de Botucatu, realizou nesta terça-feira a soltura de diversos animais silvestres que foram capturados em área urbana do Município.

Após orientação da equipe de veterinários de plantão os agentes ambientais devolveram à natureza, ao habitat natural, um tamanduá-bandeira capturado no Bairro Jardim Cedro; uma capivara capturada na Praça Brasil Japão, dois tapitis (coelhos brasileiros) resgatados em São Manuel, um urubu (abutre) capturado na Chácara Capão Bonito, e uma curicaca capturada em Avaré.

 

Tratamento de animais silvestres

O professor/doutor Carlos Roberto Teixeira, responsável pela introdução do CEMPAS em Botucatu enfatiza que o desenvolvimento das monoculturas, o avanço das construções urbanas nas áreas verdes, queimadas e o aumento das malhas viárias diminuem os habitats naturais dos animais silvestres, que acabam invadindo a zona urbana.

No CEMPAS estão dezenas de aves e animais resultado de apreensões policiais, vítimas de atropelamentos em estradas, queimadas e caçadores ou ainda vindos de pessoas que criam os animais e depois resolvem abandoná-los. 

“Animais que não podem mais viver na natureza são usados para doutorado ou encaminhados para criadouros conservacionistas legalizados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Produtos Renováveis (IBAMA) ou mesmo para zoológicos”, explica Teixeira. “Já os animais recuperados e em boas condições de saúde são reintroduzidos ao habitat natural”, complementa.