Especialista da Unesp orienta e previne sobre o câncer colorretal que atinge milhares de pessoas por ano

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Segundo o especialista do HCFMB, o diagnóstico precoce da doença é fundamental para o êxito do tratamento e é primordial a realização de exame endoscópico, no caso a colonoscopia

 

O câncer colorretal é o terceiro que mais mata no País. É mais comum em homens e mulheres com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham casos na família. No Brasil, o câncer colorretal atinge mais de 40 mil pessoas por ano. Com o envelhecimento da população, estima-se que o número de mortalidade em virtude da doença aumente até 2025.

“Os principais fatores de risco são dieta pobre em fibras ou rica em alguns tipos de carne, obesidade, sedentarismo, tabagismo e etilismo”, explica o Chefe do Serviço de Endoscopia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Dr. Cássio Vieira de Oliveira.

Segundo o especialista do HCFMB, o diagnóstico precoce da doença é fundamental para o êxito do tratamento. “É primordial a realização de exame endoscópico, no caso a colonoscopia”, lembra.

No Brasil é recomendado que se faça o exame a partir dos 50 anos de idade, com exceção de pacientes com familiares de primeiro grau que tiveram ocorrência do câncer colorretal. Nesta situação, a indicação de colonoscopia pode acontecer antes.

“É um exame que permite a visualização de todo intestino grosso, a realização de biópsias e o tratamento com ressecção de lesões precoces (pré-cancerígenas e cancerígenas em estágio inicial)”, explica Dr. Cássio.

 

Serviço de Endoscopia do HCFMB

Atualmente, cerca de 200 exames de colonoscopia são realizados mensalmente pela equipe do HCFMB. De acordo com Dr. Cássio, “a maioria é exame preventivo, mas temos pacientes que são encaminhados para tentarmos o tratamento curativo endoscópico”.

“A taxa de detecção de adenoma (tumor) nos exames realizados pelo Serviço de Endoscopia do HCFMB é acima de 30%, o que caracteriza um índice de qualidade do nosso serviço”. frisa Dr. Cássio. Segundo ele, com os tratamentos endoscópicos curativos realizados pela equipe evita-se o tratamento cirúrgico e quimioterápico.

Por – Vinícius dos Santos