Rio Tietê volta a ficar coberto por espuma tóxica em razão da poluição e longo período de estiagem

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Foto: Gilberto Esquerdo/Arquivo pessoal

Um estudo feito pela Fundação SOS Mata Atlântica, divulgado em setembro do ano passado, mostra que a mancha de poluição no Rio Tietê chega a quase 300 quilômetros de extensão no interior de São Paulo, no trecho de Pirapora do Bom Jesus até Botucatu

 

Matéria publicada no Portal G1 alerta que o Rio Tietê amanheceu coberto por uma espuma tóxica neste domingo (10), no trecho que passa por Salto. A última vez que o rio ficou coberto desta forma foi em maio deste ano. O mesmo aconteceu em outubro novembro do ano passado.

A situação é algo recorrente no trecho. Ela é resultado do aumento do volume do rio depois de um longo período de estiagem, quando os poluentes ficam mais concentrados e aparecem em forma de espuma, devido a uma cachoeira próxima ao trecho.

A espuma é formada por resíduos de detergentes e materiais despejados no rio sem tratamento na capital paulista, que segue em direção ao interior do estado, segundo a prefeitura explicou em outros casos.

 

Mancha de poluição

Um estudo feito pela Fundação SOS Mata Atlântica, divulgado em setembro do ano passado, mostra que a mancha de poluição no Rio Tietê chega a quase 300 quilômetros de extensão no interior de São Paulo, no trecho de Pirapora do Bom Jesus até Botucatu.

O relatório anual apontou que os índices estavam melhores. Dos 53 pontos monitorados pela fundação, sete haviam melhorado. Um deles está no Rio Jundiaí, que deságua no Tietê, e outros quatro estão em afluentes da cidade de Itu (SP). Segundo a ONG, a mancha de poluição no trecho que passa pelo interior havia diminuído cerca de 40%.

Os dados também apontavam que a qualidade de água nos pontos monitorados era considerada regular, com um saldo positivo em relação aos últimos 12 meses. Para chegar a este ponto, foram dez anos de recuperação, informou a fundação.