Projeto visa produzir modelos didáticos impressos em 3D e coloridos manualmente que retratam órgãos do corpo humano para ensino de biologia com os estudantes cegos ou com baixa visão
Professores do Instituto de Biociências de Botucatu (IBB) da Unesp realizaram mais uma atividade de extensão com alunos com deficiência visual da Escola Estadual Pedro Torres, em Botucatu. O projeto, faz parte de projetos vinculados ao Núcleo de Ensino/Unesp, financiado pela Pró-reitoria de Graduação (ProGrad) e visa produzir modelos didáticos impressos em 3D e coloridos manualmente que retratam órgãos do corpo humano para ensino de biologia com os estudantes cegos ou com baixa visão, e conta com o suporte da professora Marica Daroz, responsável pela sala de recursos da escola.
O projeto, coordenado pela professora Selma Maria Michelin Matheus, docente do Departamento de Biologia Estrutural e Funcional – setor de Anatomia, conta com a colaboração do professor José de Anchieta de Castro e Horta Júnior, docente do mesmo departamento, e a participação dos estudantes do curso de Ciências Biológicas e Ciências Biomédicas do instituto, Victor Ramos Pap, Larissa Maciel Senevaites e Stephanye Caroline Moreira Rodrigues.
Há mais de 14 anos o projeto aproxima a comunidade da universidade por meio de ações em prol da educação inclusiva e de qualidade, levando até a Escola Estadual Pedro Torres, atividades que permitam que os estudantes com deficiência possam aprender sobre órgãos e outras estruturas que compõem a anatomia tocando nos modelos 3D, enquanto ouvem as explicações dos professores Selma e José. Os modelos são acompanhados de QR code que contém áudio visual sobre os modelos, desse modo permitindo o uso dos mesmos para pessoas com deficiência visual ou não, tornando os modelos inclusivos.
Com os modelos didáticos criados em impressora 3D, o projeto promove a inclusão educacional de estudantes cegos e com baixa visão, ensinando a anatomia dos órgãos humanos dentro das salas de aula de forma inclusiva e imersiva. “O projeto promove entendimento anatômico e fisiológico referente às diferenças entre uretra masculina e feminina, permitindo a inclusão de alunos com deficiência visual em salas regulares de ensino, contribuindo para o conhecimento do seu corpo e do corpo do outro”, afirmou a coordenadora do projeto, professora Selma.
Por: Leandro Rocha – Vias Digitais