Guarnição encontrou umas das vítimas caída no chão da praça com intenso sangramento, cercada por populares e o autor do crime ainda estava pelo local
Um crime registrado em boletim de ocorrência (B0) como feminicídio foi atendido pela Guarda Civil Municipal (GCM), de Botucatu, durante o trabalho de patrulhamento preventivo/comunitário que estava sendo realizado pelos agentes Paulo e Fernandes, na Praça Eduardo Guedes Cassemiro, região do Jardim Monte Mor.
A guarnição ao chegar ao local encontrou a vítima caída no chão da praça com intenso sangramento, cercada por populares e o autor do crime, de 26 anos, ainda estava pelo local acompanhado de uma tia e recebeu voz de prisão em flagrante.
A equipe acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que compareceu ao local com a enfermeira Adriana e o condutor Alessander, que realizou os primeiros socorros antes que a vítima fosse encaminhada ao Pronto Socorro do Hospital das Clínicas, da Unesp.
A mulher foi atingida por golpes de faca, que atingiram o tórax, costas e perna, permanecendo internada sob cuidados médicos, em estado estável ela foi acompanhada por sua mãe, que também havia sofrido golpes superficiais de faca na região próximo ao pescoço e na barriga, ao tentar socorrer a filha.
De acordo com uma testemunha, o agressor havia discutido com sua namorada e, em seguida, deixado o local com sua moto. Posteriormente, retornou com duas facas e desferiu golpes contra mãe e filha, sendo contido por populares.
Quando foi dada a voz de prisão ao autor das agressões, a sua tia tentou impedir a ação da GCM alegando ter sido ela a autora dos golpes, sendo necessário o uso de algemas em ambos, de acordo com a súmula vinculante n° 11 do Supremo Tribunal Federal (STF), por receio de fuga e resistência.
Realizada busca pessoal no indivíduo, mas nada de ilícito foi encontrado. Também foi feita pesquisa sobre os antecedentes criminais do autor das facadas pelo Centro de Operações Integradas (COI), mas nada foi constatado quanto a pendências judiciais.
O indivíduo foi conduzido ao Plantão Policial Permanente onde foi dada ciência ao delegado Luiz Fernando Ayres, que ratificou a voz de prisão, deliberou registro do BO de natureza lesão corporal (artigo 129 do Código Penal), violência doméstica lei n° 11.340/06 Maria da Penha e homicídio tentado (artigo 121).