Com auxílio da câmera da Muralha Virtual, GCM apreende veículo com indícios de clonagem

Mulher alegou que desconhecia as irregularidades e havia encontrado o anúncio do carro no Facebook, e o valor negociado foi de R$ 28.600, sendo R$ 14.600 pagos via pix e R$ 14.000 em espécie

Guarnição da Guarda Municipal, durante patrulhamento preventivo, foi informada, via rede de rádio, sobre um possível veículo clonado trafegando pela Rodovia Alcides Soares, nas proximidades da portaria 2 da Fazenda Lageado, saída 38, sentido Distrito de Vitoriana. O veículo em questão era um Renault/Kwid Zen 2, de cor vermelha e as informações foram repassadas pelo Centro de Operações Integradas (COI) e sistema Sentry, plataforma de monitoramento e rastreamento de erros de código aberto usado, principalmente, por desenvolvedores para identificar, corrigir e gerenciar erros em aplicativo web, instalado no smartphone da viatura.

Já na Rua Annunciatina Grande (antiga Rua 4), Distrito de Vitoriana, foi realizada abordagem ao condutor. Após revista pessoal, nada de ilícito foi encontrado. Porém, durante vistoria veicular, foi constatado relevo suspeito e alteração de cor no chassi, localizado no assoalho da parte frontal do veículo; e divergência de cor no cofre do motor, incompatível com a original do veículo.

Além disso, a consulta da placa pelo QR Code apontou estampagem não encontrada; o número do motor estava incompleto, apresentando apenas 13 dígitos; ausência da borracha de acabamento; numeração dos vidros e parte traseira com rasuras e sinais de deformação; e fechadura da parte traseira danificada. Essas irregularidades reforçaram a suspeita de que se tratava de um veículo clonado e a principal evidência foi capturada por câmeras de leitura automática de placas.

O veículo também havia sido flagrado em dois locais distintos: em Botucatu na Rodovia Alcides Soares e, simultaneamente, em Porto Velho, na Avenida 7 de Setembro, próximo à Avenida das Nações Unidas, em horários incompatíveis para a distância entre as localidades. Questionado, o condutor informou que o veículo foi adquirido por sua mãe e não soube passar maiores explicações.

A mulher compareceu à delegacia e alegou ter encontrado o anúncio do carro no Facebook, na seção de classificados e o valor negociado foi de R$ 28.600, sendo R$ 14.600 pagos via pix e R$ 14.000 em espécie, valor bem abaixo da tabela Fipe, que expressa preços médios praticados na revenda de veículos para o consumidor final, pessoa física, no mercado nacional.

A negociação, segundo a mulher, havia sido feita no início da SP-209 Rodovia João Hipólito Martins – Castelinho, nas proximidades da Loja Havan e se concretizou com a entrega do veículo próximo ao Banco Itaú, região central da Cidade.

Diante dos fatos, condutor, veículo e possuidora foram conduzidos ao Plantão Policial Permanente para as providências de polícia judiciária. O automóvel apreendido foi levado ao Pátio Municipal. O delegado Valdir Rosa lavrou o boletim de ocorrência (BO) de localização/apreensão de veículo e crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor (artigo 311 do Código Penal). As partes foram ouvidas e liberadas.