Ao atender ocorrência de abandono de incapaz, agentes da GCM localizam estufa com plantas de maconha

Indiciado alegou que a maconha era para uso medicinal e já teria usado o óleo da planta em seu filho de apenas cinco anos, que é autista

Na noite deste domingo, dia 26, a Guarda Civil Municipal, através da equipe composta pelo inspetor Nogueira e agente Corvino, foi solicitada via Centro de Operações Integradas (COI) para comparecer na Rua Germino Daltin – bairro Cidade Vila Jardim, e averiguar caso de uma criança de, aproximadamente, cinco anos que estaria perambulando pela via e que teria sido deixada sozinha em sua residência.

No local feito contato com a testemunha que ao chegar do trabalho por volta da meia noite percebeu a criança sozinha na via, somente de roupa íntima e chorando. Diante da vulnerabilidade da criança, essa mulher levou a criança para sua casa e ligou para o telefone de emergência da GCM (153).

Na casa apontada onde a criança teria saído os agentes se depararam com o portão semiaberto. Tentado contato com moradores do local, porém ninguém atendeu. A equipe, então, adentrou ao imóvel e em um dos cômodos foi localizada uma estufa caseira contendo vários pés de maconha, sendo nove pés em uma caixa grande, dois pés menores e mais dezesseis mudas em copos de plástico. O local estava todo iluminado e ventilado.

Após a constatação, chegou ao local um casal dizendo serem os moradores. O homem revelou ser o pai da criança e dono dos pés de maconha e teria saído com sua namorada para comer algo e tomar cerveja.

Sobre os pés de maconha alegou que eram para fins medicinais para uso no filho, que é autista. Relatou, ainda, ser usuário do entorpecente e já ter feito uso do óleo da planta em seu filho de apenas cinco anos, sem autorização médica. Acionado o Conselho Tutelar que entrou em contato com a avó paterna da criança e ficou com a curatela.

O casal foi conduzido até o Plantão Policial Permanente onde o delegado presente elaborou o boletim de ocorrência (BO) ficando o indivíduo de 29 anos preso, à disposição da justiça pelos crimes de abandono de incapaz e porte de drogas para consumo pessoal artigos 133 e 28 do Código Penal, respectivamente. Já a mulher, qualificada como investigada, acabou sendo ouvida e liberada.