Com mandato cassado pela Câmara de Vereadores, prefeito de Agudos busca recondução ao cargo

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Foto – Divulgação

 

Ele perdeu o mandato acusado de irregularidades no pagamento da construção de uma escola municipal na Vila Avato e apontou que os erros estavam no processo licitatório, ocorrido no governo de seu antecessor

 

O prefeito cassado de Agudos, Altair Francisco da Silva, em entrevista coletiva, se defendeu do processo de cassação. Ele perdeu o mandato depois de votação da Câmara Municipal, acusado de irregularidades no pagamento da construção de uma escola municipal na Vila Avato.

Ele mostrou documentos, e afirmou que apenas deu continuidade a uma obra iniciada no governo passado. Ainda segundo Silva, a planilha de custos da época da licitação estava com valores defasados, e que seu governo pagou apenas pelo que foi de fato realizado na obra. Ainda foi citado um parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), de 2018, que não aponta irregularidades, de acordo com o agora ex-prefeito de Agudos.

No final de 2019, Silva já tinha sido cassado, e retornou ao cargo por decisão judicial. "Conseguimos mostrar em primeira e segunda instâncias que deveríamos retornar, e estamos buscando isso agora novamente na Justiça. Nada houve de ilegal. O relatório do TCE, infelizmente não foi aceito pela Comissão Processante da Câmara, por motivação política. Desde o começo do mandato, venho enfrentando processos de cassação", lamentou.

Ainda de acordo com Altair Francisco da Silva, os erros estavam no processo licitatório, ocorrido no governo de Everton Octaviani. "O processo de contratação tinha valores subestimados. Assumi o governo com obras paradas, a única em andamento era a da escola, e procuramos não interromper justamente porque a população precisa. Os ajustes necessários foram feitos, mas dentro de toda a legalidade, pagando apenas o que era mostrado nas medições realizadas", afirmou.

O vice-prefeito Jaime Caputti assumiu com a cassação de Silva. O presidente da Câmara, Auro Octaviani, rebateu as afirmações de que o processo teve como único objetivo tirar o então prefeito do cargo. "Ele cometeu crime de responsabilidade, pagou por coisas que não foram feitas na obra. O processo deu esse direto a toda defesa, não houve perseguição alguma", frisou Octaviani.

 

Fonte – JCNET