COLUNISTA

31/07/2020
Equívoco grotesco de Gilmar Mendes do STF citando “genocídio”

Foto - Divulgação        

           Há dias atrás, novamente o ministro Gilmar Mendes do STF protagonizou mais uma fala desconectada da realidade e pior, desatrelada da envergadura de seu cargo, o que leva a pensar na real situação de Gilmar Mendes separar as coisas, ou seja, distinguir o cargo de Ministro do Supremo, e seu ativismo judiciário. Desta vez a deturpação veio quando do uso da emblemática expressão “genocídio”, por ele empregada em um debate do Instituto Brasiliense de Direito Público, entidade de cunho privado e da qual Gilmar Mendes figura como um dos sócios. O ministro culpou inesperadamente o Exército brasileiro em ser cúmplice do “genocídio” o qual na visão de Gilmar estaria arrasando o Brasil com a Covid-19, e crítica assim as ações do governo federal por permitir a ocupação de militares nos postos de comando junto ao Ministério da Saúde, e a atuação no combate ao Coronavírus.

          Faz um bom tempo que boa parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal-STF, passam a nítida impressão que nada que muitos deles falam em público deve ter sentido. Bastando notar suas sentenças que parecem ser fruto de um livre-pensar e que aparentemente não se importa com vida inteligente, ou de alguma forma de maior atenção com as leis brasileira, bem como a vida real existente fora dos palácios de Brasília-DF, tal qual soltar milhões de presos em decorrência do Coronavírus, e vários destes presos já vem cometendo novos delitos e crimes, nesta “liberdade temporária”, assim parece natural que também parte destes ministros do STF não se citam obrigados a seguir a lógica comum para proferir as declarações ao Brasil e ao mundo.

          Lógica desconexa, a qual se aceite um ex-guerrilheiro do Araguaia como José Genoíno PT, ter sido assessor do ministro da defesa Celso Amorim (2011 a 2013) no governo PeTista pode, porem um general de carreira egresso da Academia Militar das Agulhas Negras-AMAN chegando por mérito a General de Intendência do Exército, este não possa com seus pares comandar o Ministério da Saúde neste momento difícil.

          O serviço de intendência militar fica encarregado de equipar às necessidades dos militares desde o soldo, alimento, trajes, combustível, armamentos entre outra, cuida de toda logística, e é o que o Ministério da saúde precisa neste momento de Coronavírus, fazer chegar o mais rápido aos estado, municípios e rincões mais longínquos, a ajuda em material do governo federal na área da saúde.

          Isto é ser genocida senhor ex-integrante do Ministério Público Federal no governo Fernando Henrique Cardoso, e pelo tucano indicado ao STF, Ministro Gilmar Mendes?

          Quem sabe por estas e outras incongruências, e possivelmente na maioria das vezes, grande parte da população não mais devota a atenção às falas e ações dos membros do STF. Que situação deprimente para o equilíbrio dos Poderes, Montesquieu 

Deve estar revirando em sua sepultura.

          Triste situação que protagoniza vários dos atuais membros do STF, pois a cada manifesto lançado sobre o bem e o mal, os membros do nosso maior Tribunal contribuem para o distanciamento e redução de confiança da população para como sua maior corte.

          Infeliz conotação da fala do grande Millôr Fernandes, que por vezes lembrava do “Acervo Nacional das Declarações Cretinas”. Deste jeito que a coisa anda em Brasília/STF, pode de uma hora para outra acabar faltando espaço.

 

                                      É melhor sofrermos uma injustiça do que praticá-la, pois sendo justo, o tempo se encarregará de trazer à tona a verdade. Ivan Teorilang (1951), poeta paulista de Penápolis.

 

Antônio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador desta mídia.


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