A Unesp com seus campis como Bauru, Botucatu, Araraquara, Jaboticabal, Araçatuba, Rio Claro, Franca, São José dos Campos, São Jose do Rio Pretos e mais alguns, constitui-se em unidades acadêmicas que disponibilizam brilhantemente ensino público de qualidade, pesquisas e extensão universitária e contam com grande potencial para melhor desenvolver parcerias público privada, e assim vindo a gerar renda/receita própria para a Unesp.

Dentro da boa estrutura que conta a nossa Unesp, há também unidades como Registro, Dracena, Tupã, Marília, Rosana, Itapeva e mais algumas, não contam com melhor infraestrutura por motivos outros como usa área de atuação nas ciências: humanas, exatas e biológicas, ou por restrições financeiras que dificultaram em muito a implantação de infraestrutura acadêmica e pode vir a ser disponibilizadas também para gerar receita própria, porém com uma gestão central mais atuante no sentido de gerar renda.

Contudo, dentro da própria Unesp, e alimentado por visões externa tacanha, há no corpo de servidores técnicos administrativo e docentes os que mantém o entendimento de que a finalidade da Unesp não é este, o de gerar recursos, o que hoje é completamente dissonante da realidade, sobretudo da realidade financeira da Unesp e do Estado. Visão que vários da universidade têm, e que parece estes parados no tempo, e assim essa situação/visão de conforto vinda possivelmente da estabilidade do emprego, da irresponsabilidade da crítica por vezes de cunho partidário ideológico e que não apresenta caminhos viáveis, há tempos não pode e não cabe insistir e sua continuidade.

A Unesp conta com docentes, servidores técnicos administrativos e pesquisadores de ponta que contribuem no desenvolvimento da sociedade, e que devem interagir com as empresas, prestando serviços e recebendo por eles, gerando receitas por meios de parcerias legais. A Unicamp corporifica o que cito aqui.

Os investimentos em laboratórios e outras infraestruturas e sua manutenção viriam também em parte dessas Parcerias, e nos campis que não há a necessária infraestrutura, a parceria pública privada poderia viabilizar, e desta infraestrutura utilizar até amortizar seu investimento realizado na UNESP, tudo legalmente contratado. Por exemplo, um frigorífico construindo laboratório de análise de carnes, uma usina sucroalcooleira construir um laboratório de fermentação, entre outros.

As pesquisas que muitos pós-graduandos e docentes desenvolvem, sendo para os docentes também estarem aptos a progressão na carreira, estas pesquisas devem ser revistas, pois são bem restritas a ciência, o que não é em si um mal, mas padecem em muito de aplicabilidade, considerando que a sociedade é quem paga nosso salários, custeios e toda as atividades na Unesp, que tem no ICMS paulista a nossa maior base de recursos, Assim nossas pesquisas devem ter maior aplicabilidade na sociedade sendo a maior beneficiada, assim as pesquisas como nas Ciências Humanas devem ser voltadas, as necessidades da sociedade, como por exemplo, o desenvolvimentos de teses aplicáveis de como agir com o aluno da rede pública para este ter respeito e acatamento pelo professor e o corpo de servidores da escolar.

Deste modo, ou seja, com maior leque de parcerias estabelecidas legalmente, a Unesp continuará com ensino público de qualidade e gratuito, manterá suas pesquisas nas diversas áreas e voltadas as demandas da sociedade, e mantendo a extensão universitária levando conhecimento as comunidades e as pequenas e médias empresas.

O momento da mudança é agora, ao escolhermos um reitor que bem compreenda a realidade da política econômica, com jogo de cintura e sapiência para se mover.

A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro. - John Fitzgerald K Kennedy, 35º presidente norte americano, e assassinado em 1963 durante seu mandato.

Antônio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador desta mídia.