Domingo 29 de novembro encerrou-se o processo eleitoral municipal de 2020 com a realização do segundo turno em 57 municípios com mais de 200 mil eleitores e onde nenhum candidato ao poder executivo alcançou mais de 50% dos votos no primeiro turno, como na capital paulista, Bauru-SP, Sorocaba-SP e mais 52 cidades de peso político, cuja urnas apontaram a um novo cenário político administrativo, que refletirá com efeito eleitoral nas eleições 2022.  

            A esquerda capitaneada pelo corruPTo PT e seus apoiadores foram inegavelmente os maiores derrotados com drástica perda de cidades geridas por eles, sendo o mentiroso PT perdeu muitas prefeituras, mas vivo está. O PSOL foi dentro do espectro da esquerda quem, ainda que perdendo em São Paulo e Porto Alegre, saiu maior do que entrou nas eleições, pois com Guilherme Boulos, o PSOL passa a ter um nome de relativo valor político ao chegar bem próximo de levar a eleição paulistana, o que o cacifa para as eleições de 2022. Pois Boulos sem ser tedioso, bem interpretou uma pseudo esquerda moderada, pseudo pois seu passado de radicalismo o condena, mas notou-se não assustar as pessoas, como em Sampa.

          Se Boulos estabelecer uma sábia estratégia para os próximos anos, percorrendo o interior de São Paulo, estabelecendo contato com jovens apresentando-se à sociedade via rádios e palestras como nas Câmaras Municipais de Vereadores, Câmaras de Dirigentes Lojista –CDL e outros órgãos, melhorando seu discurso político moderado, e cuidando da imagem,  pode dar trabalho na eleição para governador. Analise está de Boulos sobre o prisma do marketing.

        O PT enquanto Lula viver será atrelado a suas mentiras, incompetências e corrupção dos governos federal e por onde o PT governou, com raríssimas exceções, pois a imagem de Lula e do PT estão fundidas e só Lula sendo dissipado o PT teria uma chance de se renovar verdadeiramente, ainda que haja movimentos petistas neste sentido. Lula e sua turma se tornaram âncoras pesadíssimas para navegar no mar da política. Notem a história de atrelamento: Partido Comunista e Luís Carlos Prestes, PTB e Getúlio Vargas, PDT e Leonel Brizola, PDS com Maluf, e outros.   

            O PSDB com a eleição de Bruno Covas na cidade de São Paulo tem uma pequena chance de reciclagem, porem complicada com a presença ácida e corrosiva aos tucanos do governador Doria, mas Bruno se tiver vontade e força, renova e tenta segurar a legenda viva em São Paulo, difícil também pelos anos de desgaste tucano.

           Bolsonaro pecou na estratégia, pois deveria ter ingressado em um partido e por meio deste tentado conseguir eleger o maior número de prefeitos e vereadores possível. Entendo que o momento passa a imagem de Bolsonaro não é das melhores, e também ele não é mais o outsider de 2018 (aquele que não se enquadra) e o presidente estratégico que é sabe bem disto. O que ele vai fazer é uma incógnita, mas tenham certeza que, tolo ele nunca foi!

            O Centrão, bloco informal na Câmara Federal que une partidos de centro e centro-direita, e, segundo a matéria em pauta, articulam-se e votam da mesma forma, registrou crescimento. Deste modo, esquerda e os outros partidos com seus frutos eleitorais, apontam claramente que a população não deseja radicalismos, o que também não significa que querem pessoas sem atitudes, porém, estas atitudes devem ser proativas, claras e na busca de resultados positivos ao Estado.

            Crer que Bolsonaro está enfraquecido para 2022 é ser muito ingênuo politicamente, pois com no mínimo 23 meses de gestão e a campanha presidencial, muita coisa pode vir a acontecer, se de bom ou não quem viver verá!

                      Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam. -  Platão 428 a.C.-347 a.C. filósofo grego, e um dos principais pensadores de sua época.

                    Antônio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador desta mídia.