COLUNISTA

06/08/2021
CRIME DE “RESPONSABILIDADE" DE QUEM?

Foto - Divulgação

            O presidente Bolsonaro vem citando ultimamente que ocorreram fraudes nas eleições de 2014, alegando que Aécio Neves do PSDB venceu o pleito presidencial contra Dilma PT, a qual foi vencedora ratificada pelo STE, contudo, a ausência de evidência não é evidência de ausência, citava o astrônomo Carl Sagan.

            O Poder Judiciário em sua maior instância e retroalimentado por grande parte da mídia estão predispostos entender que as palavras de Bolsonaro foram agressivas e ofensivas, e segundo um Ministro da Corte, o citado por Bolsonaro enquadra-se em "crime de responsabilidade", falta de "respeito às instituições" e a "honra de seus integrantes". Este enredo entre os Poderes Executivo e Judiciário é notório na imprensa, mas vamos tentar entender quem desrespeita quem?

            As palavras do Presidente da República Jair Bolsonaro dirigidas ao Poder Judiciário, as quais tomam forma após sua participação acompanhado do advog. e deput. fed./Paraná Felipe Barros no programa Os Pingos Nos Is’ - rádio Jovem Pan, quarta feira 04/18, onde apresentaram inquérito da Polícia Federal de nº 1361/2018, que apurou invasão ao sistema do STF de urnas eletrônicas por hacker, demonstrando sua violabilidade, aliado aos fatos recentes, deixa claro que o STF oculta do cidadão, a lastimável insegurança e ausência de lisura, do atual sistema eletrônico de votação, o que leva subjetivamente a pensar: que oculto motivo há? 

            Como de fato confiar na atual composição do STF, que solta Lula da cadeia restabelecendo seus direitos políticos, considerando que Lula foi julgado/condenado pelas instâncias inferiores, sendo a segunda instância colegiado, e mantida a decisão pelo Superior Tribunal de Justiça -STJ, mas o STF teve entendimento contrário aos demais juízes. Porém, são os Ministros do STF que conduziram as eleições de 2022, como confiar esperando isenção, considerando que estas e outras atitudes não mais inspiram imparcialidade, pois os atos do STF corroboram isto?

            No governo Bolsonaro, veio à tona várias situações, digamos que remete pensar em “mimos” que eram bancados pelo cofre do Estado-Poder Executivo, e usufruídos também por integrantes do Poder Judiciário, as quais sofreram cortes com Bolsonaro, como assento ao Conselho da Itaipu Binacional, indicações à cargos entre outras situações reservadas que Brasília bem produzia, e as quais podem até não serem ilegais, mas certamente são bem imorais, e entre a lei e a moralidade, busque sempre a moralidade, pois dela norteia-se as leis. Penso que em um cenário como este, que apenas demonstra um prólogo da tragédia moral há décadas interpretada pelos Poderes Constituintes, oferecendo-nos os horrendos equívocos no uso do erário, em promíscuas e deletérias relações instituídas há décadas em Brasília, e o povo trabalhador pagante de impostos, posto a parte nem faz ideia.

              Estas e outras condições, faz com que Bolsonaro suba o tom na altura da podre hipocrisia que se rebela, quando Bolsonaro dá a entender entre outras coisas, que se não houver voto auditável, poderá haver problemas em 2022.

            Qual a complicação em ter-se mais uma forma de confirmar a lisura das eleições de 2022, ratificando que a escolha foi isenta, como é o voto auditável?  Será que o stabelichment da política de Brasília, encontra-se tão ameaçado a ponto de ir para o tudo ou nada, ou seja, jogar a nação em um conflito social? O desleal PT e seus seguidores massa de manobra esqueceram a postura aguerrida entre 1980 a 2003 com Lula chegando ao Poder, não era lisura que os PeTistas a época de oposição pregavam na forma de transparência, ou errado estou?  

 

               Não é porque não há provas de algo que esse algo não é verdade. -  Carl Sagan, notório astrônomo e cientista norte-americano, falecido em 1996.

Antônio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador desta mídia.


CURTA NOSSO FACEBOOK

PREVISÃO DO TEMPO

© Tribuna de Botucatu todos os direitos reservados.