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Na última sexta feira dia sete, o ministro da Economia Sr. Paulo Guedes (foto) no seminário: Pacto Federativo, na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, e criticou indiscriminadamente os servidores públicos comparando-nos a parasita! Equívoco crasso vindo do seu grotesco desconhecimento da realidade do serviço e servidores públicos.

Equívoco crasso sim do ministro Paulo Guedes, pois ao citar o servidor público poderia Guedes de forma nominal citar alguns parasitas, ou sendo não querendo ser tão agressivo, mencionar ao menos algumas categorias e suas carreiras, as quais o ministro Guedes considera como parasitas, pois nem todos do serviço público são como os servidores que ele possivelmente convive!

 Há muitos cidadãos abnegados no serviço estatal, os quais mantém suas famílias, e trabalham dentro das normas dedicando-se às suas tarefas, servidores como desembargadores, professores, enfermeiros, escriturários, policiais, garis, dentre uma gama de profissionais que cumprem com seus deveres.

Sim, infelizmente no seio do serviço público brasileiro há os ditos parasitas do ministro Paulo Guedes, mas estes são também além do caráter questionável, frutos de uma política estatal de recursos humanos deveras complacentes, ou seja, faltam Leis, que é a forma de manifestação da norma feita pelo Poder Legislativo, e das Normas que é a conduta esperada, do servidor público. 

Gosto e por vezes defendo nas redes sociais, a conduta do ministro Paulo Guedes frente a Economia, porém não se pode aceitar a infeliz menção à classe que há 34 anos faço parte e conheço um pouco, que leva e realiza os serviços públicos junto a população. Considerando a fala do ministro Paulo Guedes, que apresenta preocupação fiscal, como gastos com folha dos servidores públicos, o que é legítimo por parte de sua pasta, também é lícito que nós servidores que honram seu trabalho, e citamos no sentido de lembrar o ministro e governantes de plantão: havendo servidores parasitas citados por Guedes, possivelmente é porque há uma lacuna de leis sérias e isentas que de condições legais de serem postos para fora do Estado.

A falta de vontade e coragem dos governos de enfrentar tal situação, Sindicatos que nunca fizeram a devida reflexão de que ao longo do tempo governos como os do PSDB de Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, Geraldo Alckmin e João Doria, este em plena gestão do mandato, paulatinamente foram colocando habilmente a população contra os servidores, ou seja, os nossos Sindicatos, que em sua grande maioria são dominados pelo PT por meio de seu braço sindical CUT. cujo caráter é da esquerda festiva e sabendo estes líderes sindicais da distorção quanto à imagem do servidor público junto à população, os Sindicatos nada fizeram como, por exemplo, uma campanha junto aos órgãos públicos onde representam os servidores, atentando-os à necessidade do servidor ser mais proativo profissionalmente. Há de grifar-se que interesses menores, porém poderosos dos gestores, como os tucanos em entregar tudo á iniciativa privada, dentre outros fatores levando á este quadro sucateado das estatais.

 Se os recursos públicos são mal geridos ou investidos, isto não é necessariamente culpa de grande parte dos servidores públicos concursados e de carreira. Em minha pequena vivência entendo que uma das falhas do Estado é insistir em tratar igualmente servidores que são desiguais em sua conduta.

         Todos somos iguais perante a lei, mas não perante os encarregados de fazê-las cumprir.     Stanislaw Jerzy Lec, poeta polonês (1909 – 1966)

        Antonio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador desta mídia.