COLUNISTA

06/03/2020
Oswaldo Moreira Pagani: eterno e inesquecível "Osvardão"

Foto - Divulgação

 

Figura querida, e personagem marcante da historia contemporânea de Botucatu, o caro Sr. Oswaldo Moreira Pagani nascido em Cambará PR, mas botucatuense de coração desde a década de 50, aqui trabalhou honradamente no DER-SP fez muitos amigos e constitui respeitavel família de pessoas corretas e dignas.

Em sua bonita caminhada de vida sempre morou na mesma casa ali atrás da Escola Industrial, onde estão até hoje seus entes, o nosso “Osvaldo” ingressou no D.E.R. - Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo, como mecânico e em seus longos 35 anos foi com mérito galgando cargos, até se aposentar como chefe da oficina da Residência de Botucatu, sendo que pelo D.E.R. sempre manteve profundo respeito a instituição e aos amigos ali cultivados. 

Sua paixão pelo bom trabalho transpôs os muros do D.E. R e suas obrigações diárias, Osvaldão sempre foi um grande companheiro para todas as horas, pois era comum sua participação em vários momentos na vida de seus colegas e familiares, tanto nos bons momentos quanto nas horas mais difíceis, ali esta ele. Isto entre outros tantos gestos comum ás pessoas de bem, o transformou em um homem querido e conhecido junto a nossa comunidade, sobretudo no bairro do Lavapés, onde se encontrava o D.E.R. 

O "Oswardão" do DER, como era carinhosamente conhecido, sempre um "boa praça" amigo de todos, companheiro e uma pessoa que todos podiam contar a toda hora.

Atuante homem dos meios políticos e esportivos da cidade, com seu jeito simples de falar e viver a vida, mas objetivo buscou em vida encarar os desafios diários, sem nunca perder a fé e a esperança de dias melhores. Com seu perfil de ajudar a comunidade, seu bom humor e perspicaz, seu Oswaldo Pagani nunca disse não aos desafios a ele apresentados, o que o transformou em um cidadão atuante e participativo. Assim os botucatuenses foram ao longo das décadas cada vez mais conhecendo os vários "Oswardões", como o "Oswardão da Luiza", "Oswardão religioso", "Oswardão dos Vicentinos", "Oswardão do DER", "Oswardão da Associação", "Oswardão do futebol", "Oswardão político", todos em uma única pessoa, que sabia a forma de tratar cada cidadão dentro de sua realidade, e daí as derivações do Oswaldo Pagani. 

Um exemplo, que ele gosta de sempre citar ao demonstrar sua fé: em 1972 foi carregar junto com centenas de pessoas, a cruz que esta posta nas costas da catedral botucatuense, também ajudou na preparação dos terrenos das igrejas de São Benedito e Santa Terezinha e seus jardins. Osvaldo, cristão de bom convivo mutria grande admiração ao finado Arcebispo de Botucatu Dom Henrique Golland Trindade, o qual considerava um homem de atitudes proativas para com as pessoas mais necessitadas, e de boa relação com seus demais fieis. Há O "Oswardão dos Vicentinos" homem de grande coração.

O "Oswardão do DER", reconhecidamente como uma figura participativa na vida de do Bairro do Lavapés, onde, ajudava funcionários, seus familiares e cidadãos de Botucatu em geral. Sempre se pondo como parceiro da nossa Prefeitura Municipal em vários momentos, a pedido do saudoso Prefeito "Emílio Pedutti", Osvaldão fazia manutenção em estradas, bem como e algumas máquinas pesadas da Prefeitura de Botucatu, ajudando com sua experiência e os desdobramentos no D.E.R. realizava serviços que a prefeitura não tinha condições financeira e estrutural de fazer. 

O "Oswardão da Associação" nasceu de um convite do grande Dr. "Antonio Delmanto", a época presidente da Associação Atlética Botucatuense-AAB, e que desde então Osvaldão, o brioso detentor o título número 22, compôs a Diretoria desse clube que ascendia. Sua atuação junto ao DER, resultou na liberação de máquinas para fazer o buraco para construção da atual piscina externa do clube, entre outras ações. A A.A.B. conhecida como Clube da Estrela Solitária, tal estrela não é tão solitária assim, pois em sua rica história, várias estrelas foram ao longo dos anos formando uma constelação histórica, e sendo o "Oswardão da Associação" uma delas, o que lhe valeu uma justa homenagem da diretoria da AAB, na época presidida pelo “Zé Savini”, que deu a sala de Artes Marciais do clube o nome do Osvaldo Pagani. 

O "Oswardão do futebol" vem de sua paixão pelo Corinthians, em tanto ver seu sogro "Emílio Vicentini" acompanhar os jogos pelo radio, assim se tornou um aguerrido torcedor que por vezes ia aos jogos no Pacaembu, onde a viagem de trem demorava 6 horas. Com esse amor ao futebol, Oswaldão se mobilizou com vários companheiros e amigos, cuidou carinhosamente do saudoso Rodoviário Atlético Clube, conhecido como "Lobo do Lavapés", time de futebol ligado ao DER e à Polícia Rodoviária.

Todas essas versões do mesmo e saudoso “Oswardão” naturalmente levou para o "Oswardão vereador”, que sempre buscando soluções para Botucatu e seus cidadãos.   Oswaldão ocupou a cadeira de Vereador por cinco legislaturas, iniciando em 1969, até 1986, sempre atuantes em nossa Câmara Municipal, ele também foi líder dos governos dos prefeitos: “Lico” Silveira, Plínio Paganini e Jamil Cury. 

Entre suas contribuições que legou á Botucatu destaca-se entre tantas, a implantação da SABESP em 1973, a aquisição do prédio da antiga Agência dos Correios, hoje sede da Prefeitura Municipal, a criação e construção da Escola Professor Pedro Torres, entre tantas outras. Sua boa atuação abriu caminho para seu filho Lelo Pagani ocupar de 2005 até 2016 estas legislaturas de nossa Câmara municipal trabalhando com afinco.

Nosso Oswaldão que ao longo de sua vida, foi uma figura emblemática e interessante de Botucatu, sempre é lembrada pelos amigos e conhecidos, pois sua riquíssima história de vida de dedicação, atenção e amor ao povo e a Botucatu, se pode sem a menor sombra de dúvida, afirmar que o Senhor Oswaldo Moreira Pagani, o "Oswardão de Botucatu" querido pela população, o fez ser reconhecido e legitimado com o merecido título de cidadão botucatuense oficializado pela Câmara Municipal de Botucatu, por meio do vereador Carlos Trigo, em 05/04/2013. Essa honraria de botucatuense era o sentimento que ele passou aos seus filhos, todos nascido em Botucatu, e deles cobrava fazerem parte dessa única e grande família dos botucatuenses. 

Seu Osvaldo, eu vim a conhecer pessoalmente por conta da prazerosa convivência com o Lelo quando compúnhamos a diretoria da ASU, a época dirigida pelo querido Alemão, e como fruto desta boa convivência, o seu Oswaldo  alquimista do bem fez com que um turquinho e um italiano o Lelo em irmãos, sentimento nutrido até hoje de forma mutua, e que com carinho eu estendo aos demais filhos do seu Osvaldo, que onde se encontra querido amigo saiba que deixastes muitas historias e boas recordações.

  

As pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade, se não tiverem em consideração a experiência dos seus antepassados.  Edmund Burke

 

Antonio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador desta mídia.


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