COLUNISTA

02/05/2020
Do grande juiz ao pequeno ministro, frustrante a trajetória de Moro

Foto - Divulgação

 

Na última sexta feira 24 de abril 2020, a política nacional sofreu um enorme sacolejo com o pronunciamento e ao seu fim o pedido de demissão do então Ministro da Justiça Sérgio Moro, homem que se notabilizou por sua conduta exemplar frente a Justiça Federal de primeira instância em Curitiba-PR, conduzindo ao rigor e limites da lei as investigações, apurações e processos da Operação Lava Jato, que entre outros fatos prendeu pela primeira vez no Brasil, empresários corruPTores e políticos corruPTos, encarcerando deputados, altos funcionários de estatais e um ex-Presidente da República, o desonesto e grande enganador LULA do PT, partido que age como Partido dos Traidores.

Devido a atuação do então juiz federal Sérgio Moro e sua força tarefa composta por jovens Procuradores Federais, tendo total apoio do pessoal da Polícia Federal a partir de Curitiba, Moro com sua postura legalista e pulso firme ganha a atenção e o respeito dos brasileiros, povo bem desanimado com a Justiça e que vê em Moro um baluarte da busca pela verdade, e suas consequências aos que intentaram corruptamente contra o Estado.

Assim, com os escândalos de corrupção dos governos do PT vindo a público com seus trâmites, julgamentos, sentenças e punições no rigor das leis, nesta esteira e de outros fatos degradantes do PT, surge a figura do deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro Jair Bolsonaro, que ao fim de 2018 se sagra vencedor dos dois turnos presidenciais. Bolsonaro convida o então Juiz Federal de primeira instância Sérgio Mora, a compor seu ministério, que foi montado com pessoas técnicas de cada área e não por indicações políticas. Moro aceita e por força de lei, tem que deixar seus 22 anos de magistratura para poder assumir a cadeira de ministro da justiça no Poder Executivo federal, mas cujo papel Moro, e recentemente segundo as mídias sociais, ele não desempenhou com o mesmo brilhantismo do tribunal federal em Curitiba-PR, pois como ministro foi omisso, e demonstrou um lado que a grande maioria dos brasileiros jamais imaginava Moro ter! Sua omissão revelou sua parcialidade, escolhendo o que investigar.      

Do reconhecido juiz federal de Curitiba-PR, e que dele se esperava uma atuação forte no enfretamento das questões dentro do Ministério da Justiça, Moro pouco fez como: - o devido empenho à aprovação com mínimo de alteração pelo Congresso, do pacote anticrimes que é de sua área; - inanição de Moro frente ao combate da legalização do aborto, bandeira de campanha de Bolsonaro; - os contínuos e infindáveis e destrutivos ataques da mídia a imagem do governo Bolsonaro nada fez; - Moro e seu ostracismo quanto as ações do presidente da Câmara Federal deputado pelo RJ Rodrigo Maia, e do presidente do Senado pelo AP Davi Alcolumbre, não dando encaminhamento e permitindo que os prazos legais expirassem projetos de interesses do país, e que pela Constituição de 1988 tem que ser apreciados pelo Poder Legislativo; - a falta de empenho do então Ministro Sergio Moro quanto as apurações da tentativa de assassinato por esfaqueamento do Presidente Jair Bolsonaro cometido por Adélio Bispo; - no caso Marielle o ostracismo de Moro em vários episódios desta interminável investigação; - agora público as solicitações de informações feitas pelo presidente Bolsonaro quanto a Polícia Federal e outras ações do Ministério da Justiça, e Mora quase não as repassavam ao presidente, que é seu superior hierárquico do governo, entre outros fatos que se podem comprovar na Internet, e que tristemente vem a público desvendando um Sergio Moro que atuava na contra mão dos interesses do governo Bolsonaro, escolhendo o que a PF investigava ou não, desconsiderando Bolsonaro como Presidente da República e quem o guindou ao status de Ministro, e Moro desaponta não só o presidente e ministros, mas sobretudo, a nação que tinha nele até o momento, um homem integro e justo. Não é o que suas ações reveladas pelas mídias sociais demonstram.

Triste situação de um brasileiro que até então contava com mais prestígio que o próprio Presidente Bolsonaro, Moro quem sabe não se deixou picar pela mosca azul do poder, influenciado pelas ambições de alcova de outra?  Que grande desapontamento!

 

                     Uma coisa é certa, nada passa em branco. Toda escolha ou omissão (omissão também é uma escolha), sem exceção, é uma semente, e toda semente terá o seu fruto correspondente.  -  Flávio Augusto, empresário brasileiro nascido em 1972.

 

Antônio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador desta mídia.


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