COLUNISTA

15/05/2020
Estamento burocrático

Estamento se constitui em uma forma de estratificação social e camadas mais fechadas do que as classes sociais, e mais abertas do que as castas, este possui maior mobilidade social que as castas e reduzida mobilidade social que o sistema de classes sociais. Se apresenta como um tipo de estratificação ainda presente em algumas sociedades. No Brasil a expressão Estamento Burocrático cunhada por Raimundo Faoro um dos fundadores do PT, expressão que faz menção aos grupos que se apoiam no Estado em suas estruturas, e do Estado e suas estruturas fazem uso como se fossem seus. O establishment que criticado pelo PT na oposição festiva, muito se valeu do Estamento Burocrático quando governo, aparelhando a União e os estado pelo CorruPTo partido governados.

Na história o rei Luís XVIII da França, primeiro a introduzir o Estamento na forma de estratificação social, sendo que historicamente, os estamentos caracterizaram a sociedade feudal da Idade Média. Com Max Weber o conceito de estamento é expandido e: “Passa a significar não propriamente um corpo homogêneo estratificado, mas sim uma certa teia de relacionamentos que constitui um determinado poder e influi em determinado campo de atividade.”

Pode-se afirmar que, no estamento, dentro de cada estrato deve obedecer suas leis que são diferenciadas, na sociedade feudal direitos e deveres de um nobre não os mesmo direitos e deveres de um servo. Isto remete a lembrar como era o governo do PT de Lua e Dilma, pois as leis “não se aplicavam rigorosamente” para os seus, porém, eram rigidamente empunhadas contra os que discordavam dos PeTistas, e sofriam na mídia a desconstrução de sua imagem.

No espectro do serviço público apresenta-se o estamento burocrático que conduz atividades civis da gestão pública, aparelhando-a com seus indivíduos, que invade e conduz as diversas esferas como: economia, política e área financeira do Estado, o estamento busca manter e dar ascensão aos seus indivíduos, para estes em seus cargos atuem a favor de interesses outros, e nem sempre republicanos.

O prof. Olavo de Carvalho que sim tem seus detratores, decorrente de sua postura de Direita e por vezes obtusas, mas o mesmo prof. Olavo também nos apresenta boas reflexões, como aponta ser necessário quanto ao estamento: “identificar quais são os procedimentos de manipulação da mente humana e de engenharia social que estão por baixo desses movimentos (minorias). É isso que interessa, o conteúdo dos movimentos pouco interessa. O que interessa é uma coisa mais profunda, que está em baixo, por baixo de tudo isso aí que você vê, um conjunto de procedimentos monstruosamente eficazes de desorganização da mente humana. De fazer com que as pessoas percam todo o contato com o seu ‘verbo mentes’ e com as suas intuições sensíveis mais diretas. As pessoas não conseguem mais dizer o que estão vendo, não conseguem mais dizer o que estão sentindo, só conseguem dizer o que os outros querem que elas digam! Ou seja, é toda uma linguagem de chavões que vai se superpondo à expressão pessoal, até o ponto em que esta se torne inviável, impossível. E o sujeito pega um chavão que diz algo que ele nunca viu, algo que ele não sente, algo que nem poderia sentir e ele se apega àquela fórmula verbal como se fosse a palavra de Deus, como se fosse a própria realidade. … se você quer derrubar o estamento burocrático, você não pode se transformar nele! ”

Em diversos campos da área estatal, se pode notar por pessoas sem a devida preparação ocupando cargos de comando e dando direção para aquele órgão ou empresa pública nem sempre republicano, óbvio que isto não é via de regra, mas se pensar, algo tem a haver com o acima exposto.

 

               O melhor governo é aquele em que há o menor número de homens inúteis. – Voltaire, filósofo francês e um dos homens, se não o mais influente do século XVIII.

 

Antônio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador desta mídia.


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