COLUNISTA

22/05/2020
Padecemos de Democracia, Liberdade e Moral

O Brasil nitidamente padece de democracia, pois o que temos é “democratite” que oferece a interferência de um Poder Constituinte ao não acatar os limites legais, e interfere no escopo dos outros Poderes, em nome de subjetiva análise a lei constitucional, se justificando pelo acatamento aos valores democráticos de nossa sociedade, porém cujo respeito se impunha de forma única, levando possivelmente pelo interesse do estbilchement, desconsiderando que a lei é bilateral onde implica-se que para cada direito há uma obrigação a ser atendida, e assim padece o Brasil da real democracia e seu valores, e cabe refletirmos se é que tivemos de fato democracia em nosso sistema político eleitoral, pois um exame histórico mais prudente pode apresentar desde 1988, ano que passa a vigorar nossa Constituição Federal, não se vê instrumentos legais que de fato dá ao cidadão comum, a real chance de ascender ao Legislativo. Inúmera leis e artigos até hoje esperam regulamentação por parte de nossos legisladores. Um Sistema Político Eleitoral que em tudo corrobora para a manutenção dos seus ocupantes no Poder Legislativo.

Padece o Brasil de Liberdade pois o que temos hoje é excesso de libertinagem, que é o mau uso da liberdade ou o uso deliberadamente equivocado dela, pois ao cidadão de bem não desfruta de liberdade porque ao bom cidadão só resta a opção da obediência, estando ele ou não de acordo com o que lhe mandam a lei fazer, como não poder se ainda que manifesto de sua vontade, trabalhar e gerar seu sustento, se defender quando ceifa a vida de um ladrão que adentrou de seu lar, entre outros. No espectro da política, na cabeça do cidadão de bem, passa na cabeça das bem das pessoas de bem estejam de acordo que o Senado faz a locação mensal de R$ 350.000,00, contrato este sem concorrência, o aluguel de sala VIP no aeroporto de Brasília-DF, para que os senadores não passem por situações de constrangimento do tipo, serem cobrados pelos cidadãos que no aeroporto se encontram? Óbvio que ninguém está de acordo com esta excrescência moral, e considerando que: Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido!

Padecemos de maior valor Moral em nossa sociedade e sobretudo na Política que reflete inequivocamente o extrato da sociedade brasileira. O político é a amostra fidedigna do povo brasileiro, pois ali estão as pessoas natas do Brasil e que em grande parte do seu tempo foram vividas e criadas junto aos seus pares brasileiros. Assim cabe indagar: como algo que é claramente imoral, quando realizado de forma particular, passe a tornar-se moral quando realizado de forma coletiva? É errado se feito individualmente ou em grupo. Entendo que legalidade não entrega moralidade a alguma coisa! Pois entre legalidade e moralidade, se busca ficar com a moralidade, pois o apartheid, a nossa escravidão até 1888 era legais, os massacres cometidos por Stalin, Mao, Saddam foram legais em sua época e países, ou não foram?

Em nosso Brasil instituições como Congresso, STF, o aparelho de Estado é legal constitucionalmente, porém ao longo dos anos o que se derreteu absurdo e deliberadamente a moral, ainda que instituições são compostas por homens inteligentes, o que necessariamente não significa serem do bem, líquefez-se o senso moral, a liberdade e a verdadeira democracia e seu valores. E nós cidadãos permitimos isto quando entre outros afirmamos que política não se discute, que política não é coisa para gente de bem. Errado, política rege nossas vidas em nosso dia a dia dita as lei e acontecimentos da economia que inexoravelmente refletem na sociedade.

            O economista conservador norte americano Walter Edward Williams cita: “Eu prefiro um ladrão a um deputado. O ladrão, em geral, o rouba uma vez só e vai embora. Os políticos, porém, estão aí para sempre. ” Neste ponto se estabelece nosso gigantesco problema, pois enquanto mandar no Brasil o grupo de políticos que há décadas formaram seu estbilchement, não teremos liberdade ou democracia efetiva. 

 

                    Mudanças são necessárias a partir do momento que a rotina já não trás felicidade! - Lais Oliveira, site O Pensador.

 

Antônio Roberto Mauad – Turquinho. MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, colaborador desta mídia.


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