COLUNISTA

16/11/2020
DEPOIS DA TEMPESTADE...

Vem a dúvida. Não venham com essa de que depois da tempestade vem a bonança. Essa bonança está muito longe de acontecer. Vai demorar pra caramba. Antes de vir a bonança, as pessoas terão que reconstruir tudo que foi destruído. Perdão, já que nem a tempestade terminou ainda – muita coisa ruim ainda vai acontecer – as pessoas ainda precisam ficar muito espertas, muito atentas, muito preocupadas. Está acabando a tempestade das eleições municipais. Aliás, nem sei se essas eleições foram uma tempestade. Parecia que as pessoas estavam mais preocupadas com a tempestade eleitoral dos EUA do que com as eleições do Brasil. Lá nos States, a tempestade desmanchou de vez o topete do presidente Trump. Aqui no Brasil, foi mais uma ventania. Não foi um furacão. Se provocou estragos, foram estragos que já estavam a caminho, já eram previstos. Por exemplo, o PT, o partido do Lula, foi um dos que mais sofreram com a ventania eleitoral. Por outro lado, o PSOL botou a camisa da oposição e foi pra luta, com resultados significativos. Mas nada que mereça manchete na primeira página do New York Times.

Pelo menos, durante esses dias, o pessoal não ficou falando da pandemia da COVID-19. Por falar nisso, um dia desses, uma amiga me perguntou por que COVID-19 é uma palavra feminina. Não é o vírus? Perguntava ela. Não, não é o vírus. É o coronavirus disease 2019. A gente adora o que vem dos EUA. Então, é CO de corona, VI de vírus, D de disease (doença) e 19 de 2019. Assim, é a COVID-19, no feminino, porque é a doença do coronavírus. Mas voltando à vaca magra, nesses dias, parecia que o tal do coronavírus tinha viajado para outras plagas. Bye-bye Brasil! Quando na verdade as coisas com a pandemia não mudaram. E não mudarão, enquanto não houver uma vacina confiável. Não acreditem muito nessa briga Bolsonaro-Dória ou na briga Globo-opositores da Globo. Nenhuma dessas brigas vai resolver o problema. Em primeiro lugar, quando surgir uma vacina confiável, ela não será exclusividade brasileira. O criador da tal vacina não vai chegar para o Dória ou para o Bolsonaro e dizer: ‘Olha, eu criei essa vacina especialmente para você salvar a sua população’. O país que criar essa vacina testada e comprovada vai vendê-la para quem pagar mais. Não sei se o país e o governo de São Paulo estão com esse cacife todos para enfrentar, na grana – o Brasil com o real e os outros países com o dólar e o Euro – os demais países. Se oferecerem a vacina para o Brasil, sem tê-la oferecido para os EUA ou para o Japão e a Europa, é bom desconfiar.

Nossa! A gente começou com as eleições e continuou com a pandemia. A intenção dessa crônica era comentar sobre eleições apenas. Mas conversa vai, conversa vem, a gente vai mudando de assunto. Por falar nisso, em Botucatu, nenhuma novidade. O Pardini confirmou o favoritismo. Tomara que continue a boa administração do primeiro mandato. E a Câmara de Vereadores foi renovada em menos de 50%. Normal. A grande novidade é a presença de quatro mulheres. É a primeira vez que há essa quantidade feminina na história da Câmara de Botucatu. Tomara que tenham êxito e trabalhem pela cidade.

                                                                                                       BAHIGE FADEL


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