COLUNISTA

06/01/2020
Ano novo... Vida nova?

Foto - Divulgação      

     

                 A gente, por vício ou por tradição, costuma dizer às pessoas ‘feliz ano novo’ ou ‘ano novo, vida nova’? Será? Não faz mal a gente desejar que o ano novo seja feliz. Pelo contrário, faz muito bem desejar coisas boas para os outros. Desejar coisas boas para os amigos e os parentes pode ser o mesmo que desejar coisas boas para nós mesmos. Afinal, se as pessoas que amamos estão bem, nós também estaremos.

                Mas as coisas não funcionam assim. O buraco é mais em baixo. Afinal de contas, o ano novo é mais uma data. Nada mais que isso. Para que o ano novo seja melhor, a gente é que precisa ser melhor. Para que o ano novo seja diferente, a gente é que precisa ser diferente. Se a gente pensar e agir da mesma maneira, tudo tenderá a acontecer da mesma maneira, não importando se o ano é novo ou velho.

                Mudar o ano é fácil. É só ter paciência e esperar que os 365 dias passem. Independente da nova vontade, o ano muda, chega o ano novo. A gente faz festa, se reúne com a família e os amigos – o que é muito bom – mas e daí? O dia será o dia seguinte, como amanhã será o dia seguinte, como ontem foi o dia seguinte em relação a antes de ontem. Isso é a rotina que independe da nossa vontade. O que depende da nossa vontade são nossos pensamentos e nossas ações. Isso muda as coisas. Isso pode deixar tudo melhor. Se a gente se propuser a fazer coisas melhores e insistir até conseguir, os dias serão melhores não só para nós, mas para os outros também.

                Tomara que este ano seja melhor. Merecemos dias melhores, após passarmos por anos pouco positivos. O ano será melhor, por exemplo, se a violência diminuir. Mas para que a violência diminua, é preciso que a gente faça alguma coisa. Podemos ser mais pacientes e compreensivos. Podemos ser mais tolerantes com nossas fraquezas e as fraquezas dos outros. Precisamos aprender a nos colocar no lugar dos outros.

                O ano será melhor, se não formos tão alienados, se não aceitarmos mais a corrupção endêmica que se alastra pelo Brasil. É preciso que deixemos de aceitar como normal a ‘lei de Gerson’, ou seja, querer levar vantagem em tudo. O ano será melhor, se a gente for mais justo em nossas ações e exigir que os outros também sejam justos. Não podemos tolerar a injustiça. O ano será melhor, se formos mais competentes que o ano anterior. Para isso, não podemos ter preguiça, temos que nos preparar bem, para que as nossas atividades sejam executadas de maneira cada vez mais perfeita. O ano será melhor, se a gente conseguir eleger governantes bons, se a gente não fizer concessões só porque somos amigos ou parentes deste ou daquele candidato. O ano será melhor, se a gente fizer alguma coisa para que a educação seja melhor, para que a educação não seja apenas mote de demagogia e campanha eleitoral, mas que tenha como objetivo principal a formação integral das crianças e jovens.

                Enfim, o ano será melhor, se houver mais pessoas felizes e que essas pessoas felizes sejam as melhores pessoas, aquelas que praticam o bem, a verdade e a justiça. Para essas pessoas, feliz ano novo!

                                                                                                              BAHIGE FADEL


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