COLUNISTA

30/11/2020
Brasileiro de volta numa largada de Fórmula 1

Foto - Divulgação     

      Uma das cenas mais impressionantes da história da Fórmula 1, aconteceu antes da primeira volta, no GP do Bahrein. Após a Largada, o piloto franco-suíço Romain Grosjean (34 anos), perdeu o controle do carro da equipe Haas e bateu violentamente contra o guard rail. Com o impacto o carro se partiu no meio, vazando combustível e causando uma explosão impressionante. Quem vê a cena, tem dificuldades em acreditar que alguém poderia sair vivo numa situação dessas. Porém, inacreditavelmente, o piloto conseguiu escapar sozinho e quase ileso, com algumas queimaduras e nenhuma fratura.

       O acidente de Grosjean acabou movimentando o mundo da Fórmula 1 e após a confirmação que tudo estava bem com o piloto, o mercado das especulações de Paddock, começou a funcionar com uma velocidade incrível. Quem iria substituir o piloto da Haas? A resposta veio rápida. Hoje (segunda feira dia 30) pela manhã, foi confirmado o nome de Pietro Fittipaldi como substituto do piloto franco-suíço. Finalmente o Brasil vai voltar as pistas, após três tenebrosos anos de hiato.

      A Última vez que a categoria máxima do automobilismo viu um piloto com as cores da bandeira de nosso país, foi Felipe Massa no final da temporada 2017. Um dos pontos positivos da confirmação de Pietro, veio do próprio chefe da equipe Haas, Gunther Steiner, declarando que foi fácil escolher o neto de Emerson Fittipaldi, pois o mesmo estaria pronto para competir. Basta a nós brasileiros curtir esse momento.

      Eu, como aficcionado por este esporte e colunista responsável, não posso iludir ninguém. Com certeza Pietro não vai fazer milagre. a equipe Haas é muito fraca, está na penúltima colocação no campeonato de construtores e só marcou até agora 3 pontos, sendo 1 ponto com Kevin Magnussen no GP da Hungria e 2 pontos com Grosjean chegando na nona posição em Nurburgring no GP de Eifel.

      Querer iludir o torcedor brasileiro seria ser desonesto comigo mesmo. Se Pietro conseguir chegar até o final no GP de Sakhir no próximo domingo, já será uma vitória. Mas, fica a nossa torcida. Por que não sonhar com algum resultado improvável? Não foi de graça que Fittipaldi chegou onde chegou. Está como piloto reserva da Haas há dois anos e tem como ponto positivo em seu currículo um título da Fórmula V8 e disputou algumas etapas da Fórmula Indy o ano passado. Em testes o brasileiro já chegou a andar mais de 2 mil quilômetros com carros da Fórmula 1, o que o torna altamente capacitado pela vaga. Vai firme Pietro. Estamos na torcida.

       É muito bom ver um brasileiro novamente dentro de um cockpit da categoria máxima do esporte automotor. Se conseguir uma boa performance ou não nós não sabemos. Mas você já escreveu seu nome no livro da sua vida como o trigésimo segundo piloto de nosso país, a representar nossas cores com orgulho. Só nos resta curtir muito este momento e quem sabe, por que não, momento que pode se tornar uma constante. Basta apenas acreditar.

César Júnior


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