Esta semana, depois de permanecer vários dias em isolamento forçado e necessário (já que  estou na “tchurma” do grupo de risco), sai de carro e máscara para tomar minha dose de vacina. No trajeto percebi muitos idosos caminhando ou batendo papo, despreocupadamente, como se nada estivesse acontecendo. Ao retornar para casa fui  “fuçar” nas redes sociais e não foram poucos os internautas revoltados com o acentuado número de  idosos em logradouros públicos.

Fiquei cá pensando com meus botões: cadê os parentes dessas pessoas que estão no grupo de risco e soltas nas ruas? De nada adianta o esforço de alguns se existe o desleixo de outros tantos. Claro que não é fácil convencer uma pessoa idosa a ficar em casa, mas estamos vivendo uma fase à mercê do CODIV-19, o novo coronavírus, que é impiedoso e tem um percentual de contágio muito eficaz.

Claro que todo mundo deve evitar aglomerações, já que o coronavírus não enxerga sexo, idade ou cor. Mas são os idosos os mais vulneráveis, os que correm maior risco de morte. Então, caramba, fiquem em casa!  Pelo menos nessa fase, cara pálida, procure proteger seu pai, mãe, avó, tia, avô e sei lá mais quem, mantendo-os em casa. Demonstre o quão é importante a colaboração deles para evitar a proliferação desse vírus. Que são eles peças fundamentais para o enfrentamento do contágio.

Na rua, além de estarem em iminente risco de serem contaminados, podem trazer o vírus para dentro da casa. Ao que parece algumas pessoas ainda não se deram conta do que é o CODIV-19. Gente, não é uma “gripezinha” qualquer, não. Esse vírus aportou no País com a funesta perspectiva de matar milhares de brasileiros nas próximas semanas. Não há como evitar, mas podemos, sim, minimizar seus efeitos devastadores. Depende de nós.

Sou católico e vou me retratar como tal e apontar que nunca em minha vida imaginei que o próprio Papa iria pedir aos fiéis que deixem de comparecer às missas. E isso aconteceu. E ele está mais do que certo, como sempre. Tudo pela prevenção. Mundial! Paralelo a isso devo dizer que sempre me manifestei contrário ao “abraço da paz” ou rezar o Pai Nosso de “mão dadas”. Sempre entendi que não se faz necessário. Na minha modesta opinião, cada um deve rezar por si, fazer sua própria reflexão. A fé é individual. E tem gente que quer mostrar um minuto amor ao próximo dentro da igreja, mas fora dela...

Mas, isso é outra história. Vamos nos ater ao CODIV-19. E aos idosos que precisam dar a valiosa parcela de colaboração evitando sair de casa. Realmente, ficar confinado em casa é um saco!  Mas, o momento exige uma parcela de sacrifício. A praça pode esperar. Nesse momento o isolamento social é necessário. Fiquem em casa! Por favor!

Por falar em praça, foi peculiar (e radical) a decisão do prefeito de Boracéia que, simplesmente, mandou acorrentar todos os bancos de três praças públicas da Cidade para que as pessoas não sentem no local. A decisão foi tomada objetivando evitar aglomerações de idosos, que mantinham reuniões nas praças, mesmo durante esse período de quarentena. Já imaginaram se essa moda pega em Botucatu que tem dezenas de praças, todas providas de bancos? Haja corrente!