Dizem que ninguém é insubstituível. Não concordo. O padre Orestes Gomes Filho é. Nosso querido padre festeiro deixa essa vida terrena para fazer festa no céu. Tenho orgulho de dizer que fui seu amigo e parceiro de longa data. Era a única pessoa que me chamava de Chico.

 Meu Deus! Aquele sorriso está aqui agora vivo na minha cabeça, assim como nosso bate papo em sua derradeira Festa do Milho, quando sentou-se à mesa com minha família.

Olha, não sei precisar quantas vezes o padre Orestes foi pauta de minhas matérias jornalísticas. Foram muitas mesmo. Sempre tinha algo novo para contar. Sempre tinha aquele sorriso no rosto. Sempre com aquela risada cativante. Sempre com sua fala contagiante. Sempre um papo prá lá de agradável. Sempre...

E morreu nosso padre fazendo a segunda coisa que mais gostava: trabalhar ou criar coisas. Ele era um inventor, para quem não sabe. Mas, sua prioridade maior em vida era rezar. Servir a Deus. Está difícil assimilar que ele nos deixou no apogeu dos seus 64 anos completados, recentemente. Deixei-lhe, como sempre, minha mensagem de felicitações. A última! A notícia do acidente foi um baque! A da sua morte, então...

Padre Orestes deixa um legado na cidade. São tantas recordações, mas uma é especial. Todos os anos, religiosamente, ele levava em minha casa o cartaz da sua Festa do Milho e da Safrinha de São João. “Espero você lá Chico, para festejar comigo”. E era assim, visitando os profissionais da imprensa que ele divulgava a festa. Quem de nós negaria um pedido ao Padre Orestes? Era um figuraço!

E elencar coisas que o Padre Orestes, nosso Cidadão Botucatuense, realizou em prol do catolicismo e da cidade é temeroso demais. Pois, certamente, correríamos o risco de esquecer alguma coisa. Então, a Cidade só tem a lhe agradecer por tudo que realizou aqui. Ele, que tantas vezes conversou com Deus em orações, agora tem o privilégio de conhecê-lo, pessoalmente.