Vigilância Ambiental em Saúde resgata espécie de sagui muito visada por traficantes de animais
19/05/2020
Vigilância Ambiental em Saúde resgata espécie de sagui muito visada por traficantes de animais

Foto - Divulgação

 

Primata foi encontrado na Vila Paulista, sem apresentar ferimentos ou maus tratos e, provavelmente, estava preso em cativeiro e conseguiu escapar e ficou perdido

 

A Vigilância Ambiental em Saúde de Botucatu foi acionada para uma situação inusitada nesta terça-feira, 19: a presença de um sagui dentro de uma máquina de lavar roupas em uma casa da região Norte. O sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus) foi encontrando em um imóvel da Vila Paulista, sem apresentar ferimentos ou maus tratos. Provavelmente estava preso em cativeiro e escapou.

“Este animal não é comum em nossa região, o que inclusive causou surpresa em nossas equipes. Mesmo assim conseguimos capturá-lo e dar o encaminhamento correto com segurança”, afirma Valdinei Campanucci, supervisor de serviços de Saúde Ambiental e Animal.

Após ser resgatado, o sagui foi encaminhado para o Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens da Unesp de Botucatu, o Cempas, onde ficou aos cuidados da equipe de veterinários coordenada pelo professor doutor Carlos Teixeira.

 

A espécie

Sagui-de-tufo-branco é um dos primatas mais conhecidos do Brasil. É um animal de pequeno porte e pesa entre 350 e 450 gramas. Esta espécie apresenta a pelagem branca e estriada nas orelhas, daí a origem do nome popular. A cauda é maior do que o corpo e auxilia ao animal a se equilibrar.

Tem origem da Caatinga, na região norte do Rio São Francisco e litoral de Salvador, ocorrendo também do Rio Grande do Norte ao Piauí. Por se adaptar com facilidade a diversos ambientes, foi introduzido nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Vive em bando com cerca de seis indivíduos. A fêmea mais velha toma a liderança do grupo. São animais territoriais e alimentam-se de frutos, aranhas, insetos e filhotes de pombo-doméstico, avoante e ainda sabiá-laranjeira. As fêmeas atingem a maturidade aos 18 meses e os machos aos 24. Entre as espécies de saguis brasileiras, é a mais visada pelo tráfico de animais.


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