Embora tenha sido oficializado pela Câmara em 2004, Hino de Botucatu continua existindo só no papel
14/06/2020
Embora tenha sido oficializado pela Câmara em 2004, Hino de Botucatu continua existindo só no papel

O hino só foi cantado em público uma única vez, ou seja, quando foi apresentado na Câmara Municipal e embora tenha sido aprovado e oficializado por lei nunca foi executado

 

Embora não seja do conhecimento de muitos, o Hino Oficial do Município de Botucatu foi oficializado em Botucatu através do Projeto de Lei nº 4568, de 24 Junho de 2004, mas nunca foi cantado ou tocado em nenhuma em solenidade pública da cidade. A letra e música é de Cláudio Fanella e participação de Antônio Carlos Blasi, cuja partitura está nos arquivos da Câmara Municipal.

O referido hino só foi cantado em público uma única vez, ou seja, no dia em que foi apresentado aos vereadores na Câmara Municipal. O autor cantou, sem acompanhamento, para que os legisladores conhecessem a melodia. Depois desse dia, embora tenha sido aprovado e oficializado por lei o hino nunca mais foi executado.

Por força de lei o hino deveria, obrigatoriamente, ser executado por ocasião dos festejos relacionados com o aniversário de emancipação política do Município e comemorações de datas cívicas nacionais e, quando possível, nas demais solenidades oficiais do Município de Botucatu. Também teria que ser incluído no conteúdo curricular dos estabelecimentos de ensino do município” Porém, isso nunca aconteceu.

O detalhe é que essa mesma Câmara Municipal havia, um ano antes, ou seja, em Maio de 2003, aprovado a valsa “Saudades de Minha Terra”, composta por Angelino de Oliveira como a “Canção Oficial do Município”, também para ser executada por ocasião dos festejos relacionados com o aniversário de emancipação política do Município e comemorações de datas cívicas nacionais.

O hino, então, que seria oficial existe apenas no papel e nos eventos cívicos, o hino de Botucatu é a valsa de Angelino de Oliveira. Nem no Google o internauta encontra o hino aprovado pela Câmara. Vai sim, observar que o hino de Botucatu é a valsa do Angelino, aliás, canção considerada uma verdadeira declaração de amor à Cidade.

O projeto da aprovação do Hino Oficial de Botucatu é de autoria dos então vereadores Newton Colenci Júnior, Ednei Lázaro da Costa Carreira, Domingos Chavari Neto, José Fernandes de Oliveira Júnior, Geraldo Vieira, Ademir Lopes Dionísio (Dimas), Antonio Carlos Vaz de Almeida (Cula), Mauro Mailho, José Francisco dos Santos (Dadá), Joel Divino dos Santos e Reinaldo Mendonça Moreira (Reinaldinho).

Também faziam parte da formação daquela Câmara os vereadores Luis Carlos Bentivenha (Caio), Luiz Carlos Rúbio, José Carlos Lourenção, Antônio Luiz Caldas Júnior, Antônio Carlos Trigo e Cláudio Aparecido Alves (Claudião).

Pessoas ligadas a diferentes segmentos da sociedade botucatuense apontam que o grande erro dos vereadores daquela legislatura foi a não realização de um concurso público com um corpo de jurados especializado para que outros compositores interessados pudessem concorrer. Por falta de respaldo popular o hino instituído em 2004, caiu no esquecimento e existe apenas no papel.

 

Hino de Botucatu

 

Letra e música de Cláudio Fanella
Participação de Antonio Carlos Blasi

 

Botucatu,
Nascida neste meu sertão
Em cima da Serra,
Onde os ventos fortes
Sopram em forma de canção.
No teu solo fértil,
Contadas histórias,
Vitórias e seduções.
Os teus rios,
Os teus campos,
Tuas matas naturais,
Em teu solo, riquezas demais!

Botucatu,
És forte em tua tradição
De doar ao mundo
Poetas, professores,
Doutores e também lições.
E no teu ser, e no teu ser,
Herança de teus ancestrais.
Tua Cuesta,
Tua trilha, caminho que a ti conduz,
Representam teu passado,
Tanta glória e luz.

Botucatu,
És fonte de inspiração
Para os teus filhos.
És a protetora,
Mãe de tantas gerações,
E quem te viu, e quem te viu,
De ti não se esquece jamais!
Cidade dos Bons Ares!
Cidade das Escolas!
És o orgulho deste meu país.


CURTA NOSSO FACEBOOK

PREVISÃO DO TEMPO

© Tribuna de Botucatu todos os direitos reservados.