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Comerciantes alegam que se a Prefeitura não mudar a decisão, eles terão que iniciar uma leva de demissão de funcionários, em função do grande prejuízo que estão sofrendo

Um grupo de empresários se reuniu na tarde desta quarta-feira (27) na Praça Rubião Júnior, em frente ao prédio da Prefeitura Municipal para protestar contra as medidas tomadas que restringindo a abertura das lojas comerciais, que foram inseridas no Plano São Paulo, que estão em vigor em todo Estado.

A medida foi adotada para combater transmissão de covid-19, o novo coronavírus que teve um aumento bastante significativo nas últimas semanas não só em São Paulo, como em todo Brasil que está levando cidades a um colapso na saúde.

No protesto os comerciantes alegam que se a Prefeitura não mudar a decisão, eles terão que iniciar uma leva de demissão de funcionários, em função do grande prejuízo que estão sofrendo e sofrerão mais uma vez. 

Os empresários também pedem que seja aumentado o número de leitos e respiradores no Hospital das Clínicas de Botucatu, que atualmente conta com 30 leitos UTI Covid e atende várias outras cidades da região.

Impacto na economia

O secretário municipal de Saúde, André Spadaro,  aponta que o prefeito Mário Pardini emitiu decreto que regulamenta a Fase Vermelha (e mais restritiva) do Plano São Paulo de combate ao covid-19 e entende que o impacto causaria consequências negativas para a economia.

Decreto em vigor deixa o comércio de Botucatu fechado de segunda a sexta-feira, atendendo apenas on-line e por delivery. Os dias fechados serão trocados por dias futuros, em datas que ainda serão definidas entre os sindicatos de classe. Os bares, lanchonetes e restaurantes atenderão apenas delivery e drive-thru. As academias poderão atender apenas com aulas em locais abertos e arejados. Clubes de recreação também estão com atividades suspensas.

“A decisão nesse momento é pela adesão das medidas de maior restrição no comércio, com bastante rigor, mas sem a participação e colaboração de todos poderemos assistir a um prejuízo econômico e ainda assim continuar com níveis de transmissão elevados” coloca. “Nas próximas semanas precisamos atingir níveis de isolamento e distanciamento social comparáveis aos que tivemos no início da pandemia, em abril do ano passado”, acrescenta.

Por fim, Spadaro reforça que o Município se encontra no período de maior transição de transmissão e o momento requer maior rigor nas medidas de prevenção. “Se não frearmos a transmissão corremos o risco de em curto prazo assistir no estado mais desenvolvido da Federação, a cena lamentável de cidadãos, eventualmente nossos familiares e amigos, com dificuldade para conseguir um leito hospitalar e receber um tratamento com dignidade. Sem a colaboração de todos nesse momento este é um risco real que pode afetar nossa região”, diz Spadaro.

 “Precisamos contar com apoio maciço da população com uso rigoroso e correto de máscara, lavagem frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, distanciamento social, evitando, principalmente, situações de aglomeração e sair de casa sem necessidade nas próximas semanas”, orientou o secretário, prevendo um período mais difícil de todo e enfrentamento de covid-19 feito até agora.