Rubens Dantas, o primeiro diácono permanente de Botucatu, completa 100 anos
20/05/2021
Rubens Dantas, o primeiro diácono permanente de Botucatu, completa 100 anos

Natural de Itatinga, onde nasceu em 20 de maio de 1921, o filho único de Ana Carnielli e José Luiz Dantas, proprietários rurais, o menino Rubens fez seus primeiros estudos como interno no Colégio Arquidiocesano de Botucatu, onde acentuou a sua religiosidade sem esconder seu gosto pelo esporte

 

Gesiel Júnior

Especial para o Tribuna de Botucatu

 

Por mais de três décadas Rubens Dantas atuou nos serviços contábeis em Botucatu antes de se tornar membro do clero. Primeiro diácono permanente ordenado na Arquidiocese, ele hoje atua em São José dos Campos, onde completa nesta quinta, 20, 100 anos de idade.

Natural de Itatinga, onde nasceu em 20 de maio de 1921, filho único de Ana Carnielli e José Luiz Dantas, proprietários rurais, o menino Rubens fez seus primeiros estudos como interno no Colégio Arquidiocesano de Botucatu, onde acentuou a sua religiosidade sem esconder seu gosto pelo esporte. “Eu gostava do meu futebol.

Naquela época surgiu o Palmeiras, que antes era chamado de Palestra Itália. Tinha um lago muito bonito em Itatinga e eu me juntava com os colegas do grupo escolar e passava umas horas lá com o meu pai e minha mãe”, recorda-se. Nessa época, quis entrar para o Seminário de Botucatu, mas não teve aprovação paterna.

Contudo, perdeu o pai ainda jovem e então vendeu o sítio da família e se mudou para Botucatu com a mãe, iniciando a sua carreira de contador. Depois de cursar administração, ciências e letras, ainda jovem Rubens casou-se em 1947 com Ivone Navarro, com quem teve seis filhos, um homem e cinco mulheres.

 

Pioneiro no serviço diaconal

Aos 61 anos de idade, católico engajado na Paróquia de São Benedito, de Botucatu, Rubens foi convidado pelo arcebispo metropolitano, dom Vicente Marchetti Zioni para receber o diaconato permanente. Ele recebeu esse grau do presbitério junto do gráfico José Carlos Fortes e do candidato ao sacerdócio, Ludovico Lara Camargo, na manhã do Domingo de Ramos, 27 de março de 1983, na Catedral Basílica Menor de Sant’Ana.

“Foi inesquecível, principalmente naquele momento em que a gente se prostra. Eu me entreguei totalmente a Deus e pedi a Ele que todo o meu trabalho fosse um trabalho santo, todo voltado para Ele e para os irmãos. Pedi que esse trabalho fosse de santificação para mim, para minha família e para a comunidade onde eu fosse colocado para exercer a função de diácono”, afirma com alegria no olhar.

Por motivos familiares, fechou seu escritório contábil em Botucatu e mudou-se em fins dos anos 1980 para a Diocese de São José dos Campos, onde apresentou-se para trabalhar e foi acolhido e hoje seve na Paróquia do Espírito Santo.

Desde jovem Rubens manifestou sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus e se tornou membro ativo do Apostolado da Oração. Anos depois, já atuando na Diocese de São José dos Campos, tornou-se coordenador diocesano do AO.

Aos 100 anos de idade, dos quais 38 dedicados ao serviço diaconal, o diácono Rubens Dantas mantem-se na ativa.  O segredo, segundo ele, é “viver bem e fazer a vontade de Deus”.

Figura admirável, em seu centenário de vida, recebe as homenagens do Bispado de São José dos Campos nestes termos: “O Diácono Rubens é um grande exemplo. Foi ordenado na Arquidiocese de Botucatu e há muitos anos mora e atua na Paróquia Espírito Santo. Incansável em seu amor pelo Apostolado da Oração, esteve à frente desse movimento, como seu diretor espiritual, por muitos anos e ainda se mostra fervoroso no exercício de seu ministério”.


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