Tecnologia para a salvação de vidas da Engenharia Clínica no HCFMB completa 10 anos
03/08/2021
Tecnologia para a salvação de vidas da Engenharia Clínica no HCFMB completa 10 anos

Fotos – HCFMB

Antes em funcionamento em uma sala com apenas três integrantes, hoje a GEC conta com 18 colaboradores, entre técnicos, tecnólogos, técnicos de enfermagem, servidores administrativos e auxiliares de serviço

 

Por Maira Masieiro

 

 

Intervenções cirúrgicas, ressonâncias, tomografias, diagnósticos de doenças: o que estes procedimentos médicos têm em comum? Todos eles necessitam do uso de aparatos tecnológicos específicos para proporcionar uma assistência de qualidade.

No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), o trabalho de desenvolver e aplicar os conhecimentos de engenharia às tecnologias de saúde, em prol de vidas, é realizado pela Gerência de Engenharia Clínica (GEC) que completa, em 2021, 10 anos de atuação no Complexo HC.

Antes em funcionamento em uma sala com apenas três integrantes, hoje a GEC conta com 18 colaboradores, entre técnicos, tecnólogos, técnicos de enfermagem, servidores administrativos e auxiliares de serviço. Anteriormente gerenciada por Michele Cristina Batiston, a área está sob a coordenação de Vinicius Ramires desde março de 2017.

Mas o que é, efetivamente, Engenharia Clínica? O atual coordenador da GEC relaciona o termo com o ciclo de vida da tecnologia no âmbito hospitalar. “Lidamos diariamente com os processos relacionados à aquisição, manutenção e desativação de equipamentos que interferem em praticamente todos os procedimentos realizados no Complexo HC, tanto nos diagnósticos quanto nas intervenções, além de treinar os servidores para desempenharem as suas funções e atenderem nosso paciente da melhor forma possível”.

 

Início da história e evolução da tecnologia

Vinicius Ramires, Gerente de Engenharia Clínica do HCFMB

Vinícius conta que, com a autarquização do HCFMB em 2011, surgiu a necessidade de integrar a realização das atividades relacionadas à Engenharia Clínica. “Até este período, tinha-se uma parceria para a gestão destas atividades junto à fundação e, por conta da mudança do Hospital em Autarquia, houve a necessidade de criar processos e integrar as diversas equipes internas. Assim, surgiu o setor de Engenharia Clínica próprio do HC”.

As primeiras missões do Núcleo de Engenharia Clínica, na época, foram desafiadoras: a atualização do Parque Tecnológico, entre 2012 e 2013, e a participação efetiva na implantação do Hospital Estadual Botucatu (HEBo), de 2013 a 2014. “Tivemos um investimento da ordem de R$ 25 milhões, que proporcionou atualização do Centro de Diagnóstico por Imagem e a modernização de todas as salas cirúrgicas. No Hospital Estadual, nós demos suporte à instalação das tecnologias e validamos todos os equipamentos”.

Em 2014, outras conquistas do setor foram a ampliação da Central de Materiais e Esterilização (CME) e novas salas de Ressonância Magnética e de Medicina Nuclear. Após a primeira etapa de atualização, houve a busca por recursos financeiros para a manutenção dos equipamentos que estavam em uso.

Na segunda etapa de atualização do Parque Tecnológico do HCFMB, em 2019, equipamentos foram adquiridos para diversos setores, com o investimento de mais de R$ 12 milhões vindo da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP). “Este investimento também culminou na aquisição de mais um equipamento de ressonância, de 1,5 Tesla, instalado e inaugurado em maio de 2021”.

Chegada do novo equipamento de Ressonância em 2020

Vinicius comenta que os investimentos realizados nestes 10 anos contemplaram também a estrutura interna da Gerência, que foi renomeada deste modo no final de 2020. “Durante toda a nossa trajetória, houve um investimento em recursos humanos, ferramentas e infra-estrutura com a reforma do prédio em 2020, além da implantação de sistema de gestão e rastreamento de dados dos equipamentos médicos, que são essenciais para auxiliar a administração na tomada de decisões”.

 

E o futuro?

Para o coordenador da GEC, um dos grandes desafios do setor é a evolução constante da tecnologia médica. “Precisamos seguir as atualizações e manter a segurança dos equipamentos, além de atender as demandas desta tecnologia para disponibilizá-la ao paciente. Para o futuro, sonhamos com a modernização dos equipamentos de análise e calibradores para nossa oficina, e também com o desenvolvimento de processos internos, com a elaboração do Manual de Gestão para a Engenharia Clínica, promovendo a integração com as áreas de apoio para obter resultados ainda mais expressivos”, encerra Vinicius.


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