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O ônibus de Botucatu com 44 passageiros foi interceptado no quilômetro 35 da Rodovia BR-153, em Onda Verde (SP), quando retornava do ato em Brasília (DF) pela Polícia Rodoviária Federal

Está chamando bastante a atenção em Botucatu uma “convocação” via internet de pessoas interessadas em viajar para Brasília neste domingo (8) para participar de atos contra as eleições e que acabou se transformando numa verdadeira barbárie e atos contra a democracia e terrorismo.

As pessoas interessadas podiam ligar para o telefone celular de duas pessoas e reservar seus lugares em ônibus gratuitos que as levaria para Brasília pela manhã, com retorno previsto para o mesmo dia.

Nessa ação terrorista, centenas de pessoas foram presas e estão na Penitenciária de Papuda e poderão ser enquadradas em crimes distintos cujas penas somadas podem ultrapassar a 20 anos de reclusão.

Entre os ônibus apreendidos estão vários que vieram de cidades do interior paulista, entre elas Botucatu. Neste ônibus de Botucatu foi detida na manhã desta segunda-feira (9), a docente no Instituto de Biociências de Botucatu, da Unesp Botucatu, Sandra de Moraes Gimenes Bosco, que teria sido uma das responsáveis para convocar, através do seu WhatsZapp, as pessoas para participarem da manifestação.

Poucos dias antes dos ataques golpistas à sede dos poderes, a professora universitária teria compartilhado nas redes sociais um folder chamando apoiadores bolsonaristas para participarem do ato em Brasília.  

O ônibus com 44 passageiros foi interceptado no quilômetro 35 da Rodovia BR-153, em Onda Verde (SP), quando retornava do ato em Brasília (DF) pela Polícia Rodoviária Federal. Os passageiros do veículo possuíam marcas de balas de borracha nas pernas e confessaram que participaram da invasão ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

O ônibus foi apreendido e encaminhado para a delegacia da Polícia Federal de São José do Rio Preto, bem como os passageiros. Ainda segundo a Polícia Rodoviária Federal, todos os passageiros foram ouvidos, qualificados e liberados.

Em nota, o Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB) "repudiou, com indignação, os atos de covardia e violência praticados em Brasília contra o patrimônio público".