Foram instalados pontos de arrecadação de produtos não perecíveis para atender famílias vítimas das catástrofe causada pela chuva que deixou dezenas de pessoas mortas ou desaparecidas e milhares de desabrigadas

A Prefeitura de Botucatu, através do Fundo Social de Solidariedade, em parceria com voluntários de funcionários da Sabesp e Transportadora Phenix, está arrecadando doações para as vítimas das enchentes que atingiram o Litoral Norte de São Paulo. As pessoas poderão doar água, alimentos não perecíveis, roupas e produtos de limpeza e higiene. As carretas com donativos serão enviadas no início da próxima semana.

São dois pontos de coleta: em uma carreta no Largo da Catedral até a tarde de domingo, 26, e no Poupamento até sábado, 25, para atender famílias, vítimas da catástrofe causada pela chuva, no litoral de São Paulo. Foram dezenas de pessoas mortas ou desaparecidas e milhares de desabrigadas.

O prefeito Mário Pardini que abraçou a campanha, lembra que há três anos Botucatu enfrentou um temporal sem precedente que deixou um rastro de destruição, desabrigou centenas de pessoas e contou com a solidariedade da população para apoiar e acolher as famílias atingidas. Agora o foco da solidariedade é auxiliar as famílias do litoral.

“Graças a Deus vivemos em uma Cidade muito solidária e com apoio das empresas envolvidas no processo vamos levar as doações botucatuenses para as famílias desabrigadas. Quem puder doar água, alimentos não perecíveis, roupas e produtos de limpeza e higiene, pode levar nos pontos de arrecadação”, coloca Pardini. As carretas com donativos serão enviadas no início da próxima semana.

O temporal

O temporal de proporções catastróficas que atingiu o litoral de São Paulo no fim de semana causou prejuízos incalculáveis para as famílias e cidades afetadas. Pelo menos 50 pessoas morreram, dezenas estão desparecidas e milhares de desabrigadas. Foi a maior chuva já medida no Brasil. Um fenômeno considerado de "grande perigo" pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, faz um relato histórico sobre o tema. Ele explica que os volumes de água que atingiram o litoral paulista são raros em todo o planeta e normalmente estão ligados a passagens de ciclones tropicais, o que não aconteceu em São Paulo.

Foram 680 milímetros em Bertioga e 626 milímetros em São Sebastião, os locais mais afetados. Em outros municípios da região, como Guarujá, Ilhabela, Ubatuba, Caraguatatuba, Santos, Praia Grande e São Vicente, choveu menos, mas ainda assim, acima de 100 mm/dia, o que já é considerado de alto risco pelo Inmet.