Faculdade de Veterinária e Zootecnia explica sobre diálise e hemodiálise peritoneal em pequenos animais
28/11/2023
Faculdade de Veterinária e Zootecnia explica sobre diálise e hemodiálise peritoneal em pequenos animais

A hemodiálise e diálise peritoneal são terapias de suporte que substituem temporariamente a função dos rins, podendo ser indicadas em quadros de injúria renal aguda, doença renal crônica, casos de excesso de líquido corpóreo, casos de intoxicações e superdosagem de medicamentos
 

A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, câmpus de Botucatu, conta com o Serviço de Hemodiálise e Diálise Peritoneal em Pequenos Animais prestado pela Equipe de Nefrologia e Urologia Veterinária orientada pela professora Priscylla Tatiana Chalfun Guimarães-Okamoto.

O Serviço foi criado no ano de 2014, sendo voltado para animais usuários dos serviços prestados pelo Hospital Veterinário da FMVZ, bem como para atividades de pesquisa e formação de novos profissionais.

Considerando a importância terapêutica da hemodiálise e da diálise peritoneal, o Serviço de Nefrologia e Urologia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, câmpus de Botucatu, elaborou um material educativo e instrucional sobre o serviço prestado.

Neste material audiovisual, disponível no YouTube, são apresentadas as principais diferenças entre a hemodiálise e diálise peritoneal, principais indicações, além de serem abordadas de forma clara, dúvidas comumente trazidas por tutores de animais indicados para a realização dessas terapias na Clínica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da FMVZ. Confira o vídeo em:
https://www.youtube.com/watch?v=6HE7LjJ_lG0

A hemodiálise e diálise peritoneal são terapias de suporte que substituem temporariamente a função dos rins, podendo ser indicadas em quadros de injúria renal aguda (IRA), doença renal crônica (DRC), casos de excesso de líquido corpóreo, casos de intoxicações e superdosagem de medicamentos.

Apesar de não curativas, essas terapias são capazes de promover estabilização do quadro clínico de animais doentes e dessa forma, garantir melhor qualidade de vida, condição comumente visualizada na DRC em crise urêmica. Em quadros de intoxicações por exemplo, se indicadas e iniciadas em tempo hábil antes da instalação de uma lesão renal irreversível, as terapias de substituição renal podem promover a reversão completa do quadro clínico do animal, permitindo a retomada da sua “vida normal”.

Quando comparadas as duas terapias, na hemodiálise, a implantação de um cateter na jugular é feita, funcionando esta como um circuito extracorpóreo, fazendo com que o sangue saia do paciente e circule pela máquina, sendo este, filtrado e posteriormente retornado ao paciente após remoção de compostos considerados danosos ao organismo animal, como por exemplo a ureia.

Por outro lado, na diálise peritoneal, a implantação cirúrgica de um cateter é feita na cavidade abdominal permitindo a infusão de uma solução, chamada de dialisato dentro do abdômen, que promove a remoção dos compostos tóxicos ao organismo.

Antes de qualquer tomada de decisão sobre utilizar ou não as terapias de suporte, ou qual utilizar quando houver indicação, cada animal, dentro do seu cenário clínico particular, é avaliado por meio de exames laboratoriais e de imagem, além de anamnese rigorosa.

Por - Sérgio Henrique Santa Rosa​


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