Em entrevista coletiva governador de São Paulo adia reabertura das escolas para 7 de outubro
07/08/2020
Em entrevista coletiva governador de São Paulo adia reabertura das escolas para 7 de outubro

Foto: Reprodução/Governo de SP

De acordo com o governador, as escolas públicas e privadas de regiões que estão na fase amarela há 28 dias e desejarem, poderão antecipar a reabertura para reforço escolar e atividades opcionais a partir do dia 8 de setembro

 

O governo de São Paulo adiou a reabertura das escolas públicas e privadas no estado para o dia 7 de outubro. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, no início da tarde desta sexta-feira (7).

"A data foi adiada para 7 de outubro por recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus para garantir uma margem de segurança ainda maior para as crianças, adolescentes, professores, gestores e profissionais da rede pública e privada de ensino e, obviamente, para os seus familiares", disse Doria.

Entretanto, de acordo com o governador, as escolas públicas e privadas de regiões que estão na fase amarela há 28 dias e desejarem, poderão antecipar a reabertura para reforço escolar e atividades opcionais a partir do dia 8 de setembro.

 

Resumo dos anúncios

  • Reabertura das escolas é adiada para o dia 7 de outubro
  • Escolas privadas e públicas de cidades que estiverem na fase amarela há 28 dias poderão abrir espaços para reforço e atividades opcionais a parir do dia 8 de setembro

"A escolha de reabertura para atividades opcionais e reforço a partir de 8 de setembro é uma decisão que cada escola deve tomar através de um processo de consulta que envolve a comunidade escolar, pais, estudantes e educadores", completou o governador.

Ainda de acordo com Doria, as instituições deverão respeitar o limite do número de alunos em sala de aula e os protocolos sanitários. "O retorno escolar é importante, não somente pelo aspecto educacional, mas também pela questão social e de segurança alimentar", defendeu Doria.

No final de junho, quando divulgou a proposta de reabertura das escolas, o governo descartou a regionalização e anunciou plano unificado para todo o sistema de ensino. Porém, o retorno só seria possível se todo o estado estivesse na fase amarela do plano de flexibilização da economia há 28 dias.

Tal condição acabou sendo alterada em decreto pelo governo posteriormente, e a regra em vigor determina que 80% da população do estado esteja há 14 dias na fase amarela e 14 dias com 100% da população em tal fase.

Embora o governo defenda que o estado tenha atingido o valor estabelecido, com 86% da população na fase amarela, conforme apresentado na recalibragem da classificação das regiões nesta sexta, a gestão estadual decidiu seguir a recomendação do comitê de saúde e adiar o retorno para outubro.

 

Divergências

Desde o primeiro anúncio, a definição da data tem gerado debate. O setor privado, que chegou a cobrar antecipação da data, também diverge sobre o melhor momento para o retorno.

Na rede pública, escolas estaduais começaram a enviar às famílias um termo para que os pais se responsabilizem caso os filhos se contaminem com a Covid-19 após a retomada das aulas, com a justificativa de que “o vírus circula por todo o mundo e não somente na escola”.  Na semana passada, professores da rede estadual fizeram uma carreata na Zona Sul de São Paulo em protesto contra a volta às aulas.

Donos de creches e escolas infantis realizaram um ato a favor da retomada das aulas na rede particular de SP e do ABC Paulista. Nas últimas semanas, os prefeitos de quatro cidades do ABC Paulista decidiram que a volta às aulas presenciais na rede municipal só deve acontecer em 2021.  O prefeito Bruno Covas disse durante uma live no início da tarde desta sexta-feira (7), que a prefeitura não irá liberar a reabertura das escolas no próximo mês.

 

Plano SP

O governo de São Paulo atualizou nesta sexta-feira (7) a situação das regiões no Plano São Paulo de reabertura gradual das atividades econômicas e anunciou que nove regiões passaram para a fase amarela, entre elas Ribeirão Preto e Piracicaba, que estavam na fase vermelha na última sexta-feira (31).

A mudança nas regras de ocupação de UTI e margem de erro nos critérios de evolução da epidemia permitiu que as regiões fossem para a fase amarela com mais facilidade.

A única região que regrediu nesta sexta foi a Grande São Paulo Oeste (Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora de Bom Jesus, Santana do Parnaíba), que passou da amarela para a fase laranja.

Com a nova classificação, 86% da população do estado está agora na fase amarela. Embora a meta inicial para a volta da aulas presenciais tenha sido alcançada, o governo decidiu adiar o retorno no estado para 7 de outubro.

As regiões de Araçatuba, Marília, Bauru, Sorocaba, Taubaté, Campinas, e São João da Boa Vista passaram da fase 2 (laranja) para a fase 3 (amarela) nesta sexta-feira (7). Já as regiões de Piracicaba e Ribeirão Preto, migraram direto da fase 1 (vermelha), em que apenas serviços essenciais são permitidos para a fase amarela, em que restaurantes e bares podem voltar a funcionar, por exemplo.

Na última sexta-feira (31) toda a Grande São Paulo permanecia na fase amarela, exceto a sub-região Norte (Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha, Mairiporã), que estava na fase laranja. Agora, a subregião oeste (Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora de Bom Jesus, Santana do Parnaíba) também está na fase laranja.

As alterações do Plano São Paulo acontecem a cada 2 semanas, segundo a gestão estadual, entretanto, mudanças para fases mais restritivas podem ocorrer a qualquer momento. Essa foi a primeira alteração após as mudanças feitas pela gestão no dia 27 de julho, as quais alteraram critérios de classificação, como por exemplo, o percentual máximo de leitos de UTI ocupados permitidos na fase amarela e verde.

 

Critérios de classificação do Plano São Paulo

  • Taxa máxima de ocupação de UTI para uma região passar da fase laranja para a amarela passou de 70% para até 75%.
  • Taxa máxima de ocupação de UTI para uma região passar da fase amarela para a verde passou de 60% para um percentual entre 70% e 75%.
  • Regiões estão impossibilitadas de avançarem ou regredirem de fase por ponto percentual, por isso, a gestão desenvolveu uma margem de erro de 0,1 para critérios de evolução da epidemia e de 2,5 para capacidade do sistema de saúde.
  • Foram acrescentados os critérios de óbito e internação para cada 100 mil habitantes para que uma região passe da fase amarela para a verde.
  • Regiões devem passar 28 dias consecutivos na fase amarela antes de evoluírem para a fase verde

 

Regiões na fase vermelha

  • Franca
  • Registro

 

Regiões na fase laranja

  • Sub-região Oeste da RMSP
  • Sub-região Norte da RMSP
  • São José do Rio Preto
  • Barretos
  • Presidente Prudente

 

Regiões na fase amarela

  • Baixada Santista
  • Município de São Paulo
  • Sub-região Leste da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP)
  • Sub-região Sudoeste da RMSP
  • Araraquara
  • Araçatuba
  • Ribeirão Preto
  • Piracicaba
  • Bauru
  • Marília
  • Sorocaba
  • São João da Boa Vista
  • Taubaté
  • Campinas

 

Plano São Paulo

Para começar a reabertura do estado em 1º de junho o governo dividiu o território de acordo com as 17 Divisões Regionais de Saúde (DRS). A Grande São Paulo foi subdividida em outras 6 regiões, uma para a capital e outras 5 para cada grupo de cidades da Região Metropolitana. A flexibilização da quarentena é feita de modo diferente em cada uma dessas regiões.

 

Os critérios que baseiam a classificação das regiões são:

  • ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs);
  • total de leitos por 100 mil habitantes;
  • variação de novas internações, em comparação com a semana anterior;
  • variação de novos casos confirmados, em comparação com a semana anterior;
  • variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior.
  • Na fase verde também é considerado óbitos e casos para cada 100 mil habitantes;

 

Critérios definem em qual das cinco fases a região se encontra:

  • Fase 1 - Vermelha: Alerta máximo
  • Fase 2 - Laranja: Controle
  • Fase 3 - Amarela: Flexibilização
  • Fase 4 - Verde: Abertura parcial
  • Fase 5 - Azul: Normal controlado

Fonte G1


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