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A primeira pessoa a receber a dose da vacina é a técnica de enfermagem, Jasilene Almeida, que perdeu o marido há seis meses por ter contraído covid-19 e não desistiu da profissão para cuidar dos seus dois filhos

O Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) - Unesp, deu início na tarde desta segunda-feira (18) em cerimônia que contou com a comitiva do governador João Dória e várias autoridades municipais, como o prefeito Mário  Pardini, vice-prefeito André Peres, secretários e diretores do HC, a imunização contra a covid-19, o novo coronavírus, sendo a segunda Cidade do interior do estado a iniciar o processo. A primeira foi a Unicamp, de Campinas, horas antes, também com a presença do governador.

A primeira pessoa a receber a dose da vacina é a técnica de enfermagem, Jasilene Rosa de Lima Almeida, de 40 anos, que perdeu o marido, de 43 anos, há seis meses por ter contraído covid-19 e não desistiu da profissão para cuidar dos seus dois filhos, de 21 e 13 anos de idade. A profissional de saúde aproveitou a ocasião para agradecer a oportunidade de ser escolhida para receber a primeira dose e pediu que as pessoas confiem na vacina contra a covid-19.

"Estou muito emocionada  e orgulhosa por estar aqui e me sinto honrada pelo convite de receber a primeira dose da vacina. O que nós esperamos é que a vacina vai dar certo, todos devem confiar que vai dar certo”, disse.

Durante a cerimônia, o governador João Doria enfatizou o fato de a aplicação no HC ser a segunda fora da capital.  "Este é mais um momento de vacinação fora da cidade de São Paulo. É aqui nesta cidade de botucatuenses, cidade dos brasileiros. Essa vacina é do Butantan, pe do Brasil Este um dia de esperança, o dia da vida, apesar de o Brasil ter chegado a 210 mil mortes”, coloca Doria.

O governador não perdeu a oportunidade de criticar o presidente Jair Bolsonaro a quem atribui a culpa por muitas dessa mortes pelo seu negativismo perante a pandemia. “O presidente é um negativista que  menosprezou a gravidade  da covid-19 chamando de gripezinha, não respeitou as medidas de segurança dando mal exemplo chegando a chamar o povo brasileiro de maricas e covarde.   Lamento muito que o Brasil esteja sendo comandado por uma pessoa desse naipe", afirmou.

Neste primeiro momento, a vacinação será para os profissionais de saúde do Estado que estão na linha de frente do combate à doença na unidade. Ao todo, 60 mil trabalhadores dos seis hospitais de referência do Estado serão imunizados. Além do HC da Unicamp e o HC de Botucatu, as outras unidades são HC de São Paulo; HC de Ribeirão Preto (USP), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).

Chegada da vacina

Um caminhão carregado com as doses da vacina contra a Covid-19 CoronaVa deixou, na manhã desta segunda, um centro de distribuição do Instituto Butantan, em São Paulo, e chegou a Botucatu durante à tarde. O carregamento foi levado para o Hospital de Clínicas.

Antes de descarregar a vacina no HC, médicas responsáveis por coordenar a vacinação na unidade checaram a temperatura em que os imunizantes foram transportados. A CoronaVac precisa ser armazenada entre 2º C e 8º C.  Após a conferência, as duas caixas com as doses foram descarregadas e levadas para o centro de armazenamento.  O transporte das vacinas de São Paulo até Botucatu contou com escolta da Polícia Militar, que preparou um esquema reforçado de segurança.

As primeiras  4.440 doses recebidas nesta segunda-feira pelo HC serão distribuídas em vários pontos espalhados pela cidade. Vacinação começará em profissionais que atuam na linha de frente contra a doença e demais trabalhadores da área de saúde.

Somente quando for finalizado este grupo a campanha será aberta, gradativamente, para cada um dos outros grupos de risco para a covid-19, conforme ordem estabelecida pela Secretaria de Saúde.  O cronograma da vacinação nessa primeira fase deverá ser anunciado pela Prefeitura Municipal nas próximas horas.