Com 5.099 casos, Botucatu é a cidade da região do centro oeste paulista com maior número de casos de dengue
30/03/2024
Com 5.099 casos, Botucatu é a cidade da região do centro oeste paulista com maior número de casos de dengue

Além das 28 mortes por complicações da doença no centro-oeste paulista, a região já registrou mais de 26 mil casos de dengue desde o início do ano

 

Dados do Painel de Monitoramento de Dengue do Estado de São Paulo aponta que Botucatu é a cidade da região do centro oeste paulista com o maior número de pessoas diagnosticadas com dengue. Segundo o relatório, Botucatu conta com 5.099 casos, com duas mortes.

Na sequência estão Marília: 3.562 casos (6 mortes), Bariri: 2.907 casos (4 mortes); Dois Córregos: 2.462 casos; e Pederneiras: 2.056 casos (7 mortes).

O maior número de pessoas que chegaram ao óbito por causa da dengue está na Cidade de Pederneiras, com 7 casos. Em seguida Marília (6), Bariri (4), Boracéia (3), Lençóis Paulista (3), Botucatu (2), Bauru (2) e Pongaí (1).

Além das 28 mortes por complicações da doença no centro-oeste paulista, a região já registrou mais de 26 mil casos de dengue desde o início do ano.

O governo de SP havia informado que Tarumã e Cafelândia, outras cidades da região, tinham confirmado mortes por dengue, mas os óbitos voltaram a ser tratados como suspeito e seguem em investigação.

 

                                                                                           Dengue

O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito que costuma picar durante o dia (no início da manhã ou no final da tarde) e se multiplica em locais onde tem água parada. Ele vive dentro das casas e ao redor de residências, como em quintais e calçadas, por isso os cuidados precisam ser contínuos.

Existem quatro tipos diferente desse vírus (DENV-1, 2, 3 e 4) e a infecção gera imunidade permanente - mas apenas contra um deles. Ou seja, é possível pegar dengue mais de uma vez. Além disso, dengue é uma arbovirose que pode afetar crianças e adultos. Pessoas com doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, além de mulheres grávidas, crianças de até 2 anos e pessoas maiores de 65 anos têm maior risco de desenvolver complicações pela doença.  

A maioria dos casos é assintomático, ou seja, não apresenta sintomas. No entanto, ao desenvolver os primeiros sintomas, é preciso buscar atendimento médico para orientar a conduta. 

 

Sintomas

Em adultos, a primeira manifestação é febre entre 39°C a 40°C de início rápido, associada a: 

  • Dor de cabeça; 
  • Cansaço e mal-estar; 
  • Dor atrás dos olhos; 
  • Dores no corpo, nas juntas e atrás dos olhos;  
  • Manchas vermelhas no corpo que podem coçar. 

Na dengue mais grave, depois do terceiro dia da doença, quando a febre começa a diminuir, costumam aparecer: 

  • Sinais de hemorragia, como sangramento no nariz e na gengiva; 
  • Rompimento de vasos superficiais da pele (hematomas). 

Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentos no aparelho digestivo e nas vias urinárias.

 

Diagnóstico

Não há necessidade de fazer exames específicos para diagnosticar a doença, já que o reconhecimento é baseado nas manifestações clínicas apresentadas pelo indivíduo. No entanto, para apoiar o diagnóstico clínico podem ser realizados exames laboratoriais até o 5° dia de início da doença para identificação do vírus, além de pesquisa de anticorpos a partir do 6° dia de início da doença.   

 

Prevenção

A vacina contra dengue entrou no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro de 2024. A Qdenga conta com um esquema de duas doses, que devem ser tomadas em um intervalo de três meses. Ela pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos de idade. Após o contágio pelo vírus da dengue, é recomendado esperar seis meses para tomar o imunizante.  

No planejamento inicial da campanha no SUS, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são os primeiros contemplados para receber a vacina.

Embora exista a vacina contra a doença, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção da dengue e também de outras arboviroses urbanas como a chikungunya e zika.

Não existe um medicamento específico para tratar a dengue. Repousar e tomar muito líquido para evitar a desidratação são medidas importantes para aliviar os sintomas.  Além das ações realizadas por agentes de saúde, medidas preventivas devem ser adotadas pela população, durante todo ano. São elas:

  • utilizar telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão; 
  • remover recipientes com água parada, onde o mosquito deposita os ovos e se reproduz, como bandejas de ar-condicionado, calhas, pratos de vasos de plantas; 
  • vedar reservatórios e caixas de água; 
  • desentupir calhas, lajes e ralos; 
  • manter os ambientes livres de lixo e ter cuidado ao guardar materiais como garrafas, pneus, e até vasos sanitários sem uso; 
  • participar na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

 

Transmissão

A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti, quando o inseto carrega um dos quatro sorotipos do vírus. O Aedes é um mosquito que vive em áreas urbanas, principalmente as mais povoadas. É nesse tipo de lugar que o mosquito encontra condições ideais para se proliferar. Além disso, por causa do calor e das chuvas, que facilitam sua reprodução, ele se multiplica no verão.


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