Botucatu conta com uso de drone agrícola como aliado no combate à dengue no centro-oeste paulista
30/03/2024
Botucatu conta com uso de drone agrícola como aliado no combate à dengue no centro-oeste paulista

Foto – Divulgação

O principal objetivo do uso dessa tecnologia na área urbana é chegar até os lugares sem acesso para as equipes de vigilância em saúde

 

Em números gerais, de acordo com o Painel de Monitoramento de Dengue do Estado de São Paulo, Botucatu tem maior quantidade de infectados do que todas as outras cidades do centro-oeste paulista. São 5.099 casos, com duas mortes. Na sequência estão Marília: 3.562 casos (6 mortes), Bariri: 2.907 casos (4 mortes); Dois Córregos: 2.462 casos; e Pederneiras: 2.056 casos (7 mortes).

O maior número de pessoas que chegaram ao óbito por causa da dengue está na Cidade de Pederneiras, com 7 casos. Em seguida Marília (6), Bariri (4), Boracéia (3), Lençóis Paulista (3), Botucatu (2), Bauru (2) e Pongaí (1)

Para ajudar no reforço no combate ao mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura de Botucatu está usando drones. Essa atividade também vem sendo usada por algumas prefeituras da região centro-oeste paulista para detectar e eliminar focos do mosquito. Alguns equipamentos chegam a lançar larvicidas e são utilizados em casas que estão vazias ou em locais que os agentes de saúde não conseguem acessar.

Na fiscalização eletrônica, o ângulo privilegiado contribui com a detecção dos focos. Depois que a câmera passa e identifica uma área crítica, os agentes de endemias entram em cena para a segunda parte do trabalho.

A estratégia da nebulização é otimizada, porque dá prioridade aos pontos com circulação do mosquito. Além disso, as casas passam por vistoria e o dono é notificado se não tiver cuidado com o ambiente.

O drone agrícola pesa mais de 20 quilos e tem capacidade para carregar a cada voo, até oito litros do larvicida biológico. A pulverização elimina as larvas em água parada.

O coordenador de Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) de Botucatu, Valdinei Moraes Campanucci, que opera o equipamento, diz que antes de aplicar o larvicida, as áreas são monitoradas e os moradores do bairro são alertados sobre o serviço. O principal objetivo do uso dessa tecnologia na área urbana é chegar até os lugares sem acesso para as equipes de vigilância em saúde.

“É mais uma estratégia no combate ao mosquito, para frear a dengue. A gente vai usar em imóveis com criadouros de difícil acesso e em quarteirões onde tem alto índice de imóveis fechados. Ele libera um larvicida biológico que gera uma ação nos recipientes que possam acumular água parada”, explica Campanucci.

Essas ferramentas transformam o controle da dengue, mas não existe vigia melhor do que o humano. “A atuação dos moradores é muito importante porque a maioria dos focos do mosquito está dentro das casas”, completa o coordenador.


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