Secretaria de Saúde de Botucatu confirma a quarta morte provocada pela dengue em 2024
10/04/2024
Secretaria de Saúde de Botucatu confirma a quarta morte provocada pela dengue em 2024

Município já confirmou 7 mil casos em 2024, sendo que a contaminação acontece quando o mosquito se infecta ao picar uma pessoa doente e transmite para uma sadia

 

A Secretaria Municipal de Saúde de Botucatu, anunciou na manhã desta quarta-feira (10), a quarta morte causada pela dengue na Cidade. A doença vitimou duas mulheres que não tiveram a idade revelada, ou o Bairro onde residiam. Agora o Município tem o registro de quatro mortes e 7 mil casos em 2024.

As duas recentes vítimas estavam internadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFM), da Unesp, que apresentando a dengue com um risco aumentado por acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.

A primeira morte por dengue em 2024 do município foi uma idosa de 80 anos. Ela estava internada em um hospital particular para tratar a doença e apresentou um quadro de diverticulite. Já a segunda morte foi uma moradora que tinha entre 50 e 64 anos e morreu no dia 19 de março.

Em janeiro deste ano a cidade decretou estado de emergência conta a dengue após os casos aumentaram em 10.000% em relação ao mesmo período de 2023.

 

Combate ao mosquito

A Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) vem desenvolvendo um programa intensivo junto à população nos bairros da Cidade com bloqueios de controle de criadouros do mosquito aedes aegypti e busca ativa (investigação de novos casos), com objetivo de quebrar o ciclo da doença. A contaminação acontece quando o mosquito se infecta ao picar uma pessoa doente e transmite para outra pessoa sadia.

Também a nebulização veicular, ou seja, a aplicação de inseticida para o controle do mosquito, tem sido utilizada com bastante frequência e critério pela Vigilância Ambiental uma vez que a ação indiscriminada desse tipo de produto químico pode, inclusive, deixar o inseto vetor da doença mais resistente, como já ocorre em algumas regiões do País.

A Vigilância Ambiental em Saúde aponta que a dificuldade tem sido conscientizar a população para que elimine potenciais criadouros do mosquito transmissor da dengue como vasos e pratos de plantas, piscinas, bebedouros de animais, materiais recicláveis, calhas, lonas, caixas d’água, entre outros recipientes e superfícies, que possam acumular água.

A orientação é que as pessoas tenham o costume de fazer dentro de suas rotinas semanais uma inspeção minuciosa onde moram, seja na área interna ou externa da casa, e que repliquem essa ação junto a seus vizinhos, diminuindo assim a presença do mosquito.

 

Ciclo rápido

O que preocupa as autoridades em saúde pública é justamente o aumento da infestação do mosquito e, consequentemente, o número de casos de dengue.

A longa e atípica estiagem no verão deste ano, que registrou temperaturas acima da média, gerou por parte da população maior utilização de piscinas desmontáveis e de reservatórios artificiais devido ações de racionamento de água implantadas em algumas cidades do Estado.

Aliado a isso, o maior número de feriados prolongados provocou um aumento do deslocamento de pessoas a áreas endêmicas, ou seja, onde é alto o risco de contaminação do vírus como, por exemplo, as cidades litorâneas. Campinas, Jaú, Americana e algumas áreas da região metropolitana de São Paulo também enfrentam surtos da doença.

Para se ter ideia, um ovo de um mosquito da dengue consegue ficar mais de um ano grudado em um recipiente. Se essa superfície não for lavada adequadamente, com água e sabão, uma simples chuva pode fazer o ovo eclodir e surgir novos insetos em menos de dez dias.

 

Dicas para combater o mosquito e os focos de larvas

• manter a caixa d’água sempre fechada e vedada adequadamente 

• limpar periodicamente as calhas da casa 

• não deixar acumular água sobre lajes, imperfeições do piso e recipientes 

• lavar, com escova e sabão, a parte interna e borda de recipientes que possam acumular água (e: bebedouros de animais) 

• não expor recipientes à chuva, deixando eles sempre em lugares cobertos e de cabeça para baixo 

• jogar desinfetante, detergente ou sabão em pó em ralos pouco utilizados 

• não deixar acumular água nos pratos dos vasos de plantas

 

Serviço 

Vigilância Ambiental em Saúde

Telefones (14) 3813-5055 / 150

Horário de atendimento: segunda a sexta-feira / das 7 horas às 16h30


CURTA NOSSO FACEBOOK

PREVISÃO DO TEMPO

© Tribuna de Botucatu todos os direitos reservados.