Morte por coronavírus no Brasil continua em crescimento e superlota os leitos hospitalares
18/05/2020
Morte por coronavírus no Brasil continua em crescimento e superlota os leitos hospitalares

Foto - Divulgação

 

O Brasil já é o quarto País do mundo em número de casos e São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de mortes

 

Em dois meses, o total de mortes registradas por coronavírus no Brasil saiu de zero para 16.118, sendo que 485 foram relatadas nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo (17).

A notificação do primeiro óbito no País aconteceu em 17 de março. De lá para cá, o Brasil se acostumou a contar corpos às centenas e a ver sistemas de saúde caminharem para o colapso. O crescimento exponencial de novos casos de Covid-19 é uma das mais preocupantes características da doença, que em todo o mundo já matou ao menos 314 mil pessoas. O Brasil é o quarto País do mundo em número de casos e o sexto em total de mortes. São 241.080 pessoas contaminadas, incluindo os 7.938 novos casos reportados ontem.

Para Airton Stein, professor titular de saúde coletiva da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, uma marca dos dois meses foi a falta de mensagens claras por parte de autoridades brasileiras sobre como a população deveria encarar a pandemia. Ele avalia que parte da população não entendeu a gravidade da doença.

"O Brasil não está conseguindo ter taxa de infecciosidade menor, como está acontecendo na Espanha e no Reino Unido. No Brasil, a taxa de infecção continua alta. São várias as razões. A primeira é que nunca houve um problema que impactasse todo o País. Chama a atenção o fato de a população estar perdendo o medo de ir às ruas. Ter mensagem clara e bem definida das lideranças é fundamental."

Para Kleber Giovanni Luiz, chefe do departamento de Infectologia da UFRN, outra lição que o País deveria ter aprendido nos 60 dias seria ampliar cuidados com a atenção básica. "O que temos que fazer como saúde pública é capacitar equipes, de médicos e enfermeiros, e também criar condições de trabalho, com leitos de UTI. Capacitar a atenção básica é fundamental. Não vi esse movimento. Vimos muito o movimento de terapia intensiva", pontuou.

 

Os Estados

O Brasil registrou 485 novas mortes pelo novo coronavírus (Covid-19) nas últimas 24 horas, totalizando 16.118. Até ontem (16), eram 15.633 mortes notificadas. A letalidade (número de mortes pela quantidade de casos confirmados) da doença no país está em 6,7%, a mesma de ontem (16).

O país teve 7.938 novos casos confirmados e chegou ao total de 241.080. Até o sábado, eram 233.142 infectados.O número de recuperados, de acordo com o boletim diário do Ministério da Saúde, chegou a 94.122, 39% do total de infectados. Outros 130.840 casos (54,3%) estão em acompanhamento. Há ainda 2.450 mortes em investigação, sendo que São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de mortes (4.782).

O Estado é seguido pelo Rio de Janeiro (2.715), Ceará (1.641), Pernambuco (1.516) e Amazonas (1.413).Foram registradas mortes no Pará (1.239), Maranhão (549), na Bahia (295), no Espírito Santo (285), em Alagoas (210), na Paraíba (194), em Minas Gerais (156), no Rio Grande do Norte (139), Rio Grande do Sul (142), Paraná (124), Amapá (119), Santa Catarina (83), Sergipe (77)Rondônia (74), Piauí (72), Goiás (70), Acre (60), Distrito Federal (59), Roraima (51), Mato Grosso (27), no Tocantins (31) e Mato Grosso do Sul (15).

São Paulo também tem o maior número de casos confirmados (62.345), seguido de Ceará (24.255), Rio de Janeiro (22.238), Amazonas (20.328), Pernambuco (19.452), Pará (13.864), Maranhão (12.492), Bahia (8.443), Espírito Santo (6.744) e Santa Catarina (4.776).

por  Estadão Conteúdo


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