Brasil chega nesta quarta-feira a quase 20 mil casos novos de covid-19 nas últimas 24 horas
19/05/2020
Brasil chega nesta quarta-feira a quase 20 mil casos novos de covid-19 nas últimas 24 horas

Ainda segundo o ministério, 3.483 óbitos suspeitos ainda estão em investigação e 156.037 casos seguem em acompanhamento e cerca de 116.683 pacientes já se recuperaram da doença

 

Um dia após o Brasil registrar mais de mil mortes em 24 horas pela covid-19, o Ministério da Saúde divulgou a maior quantidade de diagnósticos entre um dia e outro desde o início da pandemia: 19.951 casos confirmados, totalizando 291.579 infectados no país. A pasta também divulgou a confirmação de 888 óbitos pela doença entre terça e quarta-feira.

Com isso, chega a 18.859 o número de mortes pelo novo coronavírus. Ainda segundo o ministério, 3.483 óbitos suspeitos ainda estão em investigação e 156.037 casos seguem em acompanhamento. Cerca de 116.683 pacientes já se recuperaram da doença.

Na terça-feira (19), o país havia passado pela primeira vez a marca de mil mortes pela covid-19 em um dia — foram 1.179 registros novos. A estratégia do governo federal diante deste cenário insiste no tratamento com cloroquina e hidroxicloroquina, apesar de não haver comprovação científica sobre a eficácia do medicamento em infectados pelo novo coronavírus.

 

Cloroquina

Pela manhã desta quarta-feira, o Ministério da Saúde divulgou um protocolo sobre o uso de cloroquina e hidroxicloroquina nos tratamentos, sugerindo a adoção dos fármacos em casos leves da doença. Acompanhando o protocolo, a pasta também publicou um termo de consentimento a ser assinado pelo paciente sobre os riscos dos medicamentos.

O termo apresentado ao paciente frisa que "não existe garantia de resultados positivos, e que o medicamento proposto pode inclusive agravar minha condição clínica, pois não há estudos demonstrando benefícios clínicos".

Ainda, o texto apresenta aos pacientes os seguintes efeitos colaterais pelas medicações: redução dos glóbulos brancos, disfunção do fígado, disfunção cardíaca e arritmias, alterações visuais por danos na retina, disfunção grave de órgãos, prolongamento da internação, incapacidade temporária ou permanente e obito.

Segundo a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, o termo deixa a responsabilidade sobre possíveis efeitos colaterais nas mãos do paciente. Ela havia sido questionada sobre a possibilidade de um paciente tentar processar a União em caso de fortes efeitos colaterais por causa da cloroquina.

 "O termo de conhecimento livre e esclarecido deixa o paciente estabelecido que ele tem acesso a todas as informações e riscos", disse ela durante entrevista coletiva concedida pelo Ministério da Saúde nesta tarde. A secretária afirmou que assinar tais termos faz parte da "rotina de procedimentos médicos".


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