Aumento de contaminação por codiv-19 em presídios paulistas e superlotação alerta autoridades
21/05/2020
Aumento de contaminação por codiv-19 em presídios paulistas e superlotação alerta autoridades

Foto de um dos presídios de São Paulo/ Divulgação

 

Além das mortes e casos já confirmados, a Secretaria da Administração Penitenciária  acrescentou que mais de 100 presidiários permanecem isolados de outros detentos com suspeita de contaminação, sendo que dezenas de agentes penitenciários também testaram positivo

 

A Polícia Civil, por meio de dados da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), divulgou nesta quinta-feira (21) a morte de 12 presos, em decorrência da covid-19, o novo coronavírus, nos últimos 30 dias. Outros 30 detentos testaram positivo para o vírus.

A primeira morte confirmada de um preso do interior paulista foi a do detento José Iran Alves da Silva, 66 anos, há um mês, na Santa Casa de Sorocaba. Ele cumpria pena na penitenciária 2 Doutor Antonio de Souza Neto. Desde então, outras 11 mortes foram confirmadas nas últimas semanas. Comparativamente, é como se um presidiário morresse a cada dois dias e meio no estado, por causa da doença. A pasta não confirmou onde ocorreram os outros 11 falecimentos.

Além das mortes e casos já confirmados, a SAP acrescentou que 110 presidiários permanecem isolados de outros detentos, preventivamente, pois estão com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus.  Em média, os sintomas aparecem após 5 ou 6 dias depois de a pessoa ser infectada, mas pode levar até 14 dias para que (os sintomas) apareçam. Por isso o número de infectados tende a aumentar nos próximos dias. Nos casos suspeitos entre os presos, o paciente é isolado e a Vigilância Epidemiológica local é contatada.

Além dos presos, em todo o sistema carcerário paulista, 54 servidores também testaram positivo para a covid-19, dos quais 10 morreram por causa da doença. Outros 211 servidores foram afastados preventivamente, por suspeita de contaminação pelo vírus. Tantos os funcionários contaminados, quanto os afastados de seus postos, têm o quadro clínico acompanhado pelo Comitê de Contingência do coronavírus e pela SAP.

O estado de São Paulo possui 173 unidades prisionais, entre penitenciárias, Centros de Detenção Provisória e hospitais de custódia e a população carcerária está próxima dos 240 mil presos. A maioria das unidades com superlotação, o que aumenta o contato entre presos e agrava ainda mais o problema.

Na região de Botucatu estão instalados vários presídios, como em Itatinga, Pirajuí, Cerqueira Cesar, Avaré, Bauru, Iaras, Iperó, Mairinque, entre outras. Em razão da pandemia do coronavírus as visitas estão suspensas.


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