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Morte da mulher que era parteira há mais de 30 anos na Cidade causou grande comoção e os moradores fizeram uma carreata em sua homenagem no dia do sepultamento
Depois de muita polêmica, manifestações e pressão popular de moradores, a Polícia Militar de Tatuí, prendeu na noite desta terça-feira (8) o motorista Anísio Moreira Satel, de 57 anos acusado de ter espancado, violentamente, sua mulher de 72 anos. Em razão das lesões a vítima passou cinco dias internada em estado de coma até vir a óbito no dia 29 de junho.
A morte dessa mulher chamada Adelaide Selma Paulino Rende Satel, parteira há mais de 30 anos no município e muito admirada pelos moradores, causou grande comoção na Cidade e no dia do sepultamento uma carretada aconteceu em sua homenagem e contra o autor do crime.
Após o Ministério Público se manifestar em desfavor ao acusado e o juiz expedir o mandado, os policiais deram voz de prisão ao indiciado na mesma casa onde ele residia com a vítima. O trabalho policial foi acompanhado por vários moradores que pediam a prisão do criminoso.
Após prestar depoimento no Plantão Policial, o homem acabou encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP), para aguardar decisão judicial. Deverá, oportunamente, ser submetido a um julgamento popular em data a ser agendada.
Relembrando o caso
No dia 29 de junho uma idosa de 72 anos que foi violentamente espancada pelo marido morreu após permanecer cinco dias internada com ferimentos graves em hospital de Tatuí. O crime, atendido pela Polícia Militar, aconteceu na casa onde o casal residia na Rua Juvenal de Campos, Bairro Jardim Santa Cruz.
No dia dos fatos, ou seja, dia 24 de junho, vizinhos ao ouvirem a mulher gritando por socorro acionaram a PM que esteve no local e ao perceber a gravidade das lesões acionou a equipe de resgate do Corpo de Bombeiros para que a mulher fosse encaminhada ao hospital com fraturas no braço e traumatismo craniano.
O boletim de ocorrência (BO) aponta que o agressor, de 57 anos, foi detido e, inicialmente, enquadrado em crime de lesão corporal dolosa e violência doméstica. Entretanto, foi liberado após prestar depoimento. Com a morte da mulher, a Polícia Civil acrescentou à investigação o crime de homicídio.
No dia do crime, ao ser apresentado na delegacia, o acusado alegou que a esposa tinha depressão, fazia uso de medicamentos controlados e teria se atirado pela janela do quarto, vindo a se ferir. Nesse mesmo dia ele teria agredido vizinhos e depredado um automóvel e uma motocicleta. Os vizinhos foram conduzidos ao pronto-socorro da cidade, onde passaram por exames de corpo de delito.