Após morte com suspeita de dengue hemorrágica, inseticida é aplicado em Pederneiras
29/01/2020
Após morte com suspeita de dengue hemorrágica, inseticida é aplicado em Pederneiras

Foto - Reprodução/Internet

Assistente social Karin Cristina Gandara Queiroz Vertuan morreu na Santa Casa

 

Vítima trabalhava em Lençóis Paulista e havia retornado ao trabalho no último dia 20, sendo que durante as férias viajou com a família para um parque aquático em Goiás

 

A assistente social Karin Cristina Gandara Queiroz Vertuan, de 39 anos, moradora de Pederneiras morreu no final de semana na Santa Casa local, com suspeita de dengue hemorrágica. O corpo dela foi sepultado no Cemitério Municipal. Em razão disso, a prefeitura realizou bloqueio no bairro onde ela morava para fazer a nebulização com inseticida na região.

O secretário de Saúde de Pederneiras, Pedro Luiz Pereira, conta que Karin Cristina trabalhava em Lençóis Paulista e havia retornado ao trabalho no último dia 20. Durante as férias, segundo ele, ela viajou com a família para um parque aquático em Goiás. O secretário diz que a paciente começou a apresentar sintomas característicos de dengue no último dia 19.

"Ela se sentiu muito mal na quarta-feira (22) e foi hospitalizada na quarta-feira. Ela chegou já com quadro grave, com sintomas importantes, evoluiu bem de quarta para quinta, mas piorou na quinta", declara. "Basicamente, ela apresentava dor abdominal, mal-estar, fadiga, vômito e dor retro-ocular (no fundo dos olhos). Karin não resistiu e morreu na madrugada de sábado (25).

De acordo com o titular da pasta de Saúde, desde a internação da paciente, o caso foi tratado como dengue. Na declaração de óbito dela, consta morte por dengue grupo C. "Como eles (Santa Casa) estavam tratando como dengue, atestaram a morte como dengue", afirma. Contudo, ele ressalta que a confirmação da morte por dengue depende de resultado de exame feito pelo Adolfo Lutz.

"O exame de dengue vai dar positivo no quinto dia de doença. Os exames que a gente tem da Santa Casa foram colhidos antes de positivar", explica. "Agora encaminhamos um exame para o Adolfo Lutz, que é a pesquisa de uma fração viral, que é um exame muito mais sofisticado. Ele indica se é dengue tipo 1, tipo 2. Esse exame consegue positivar mais cedo, antes do quinto dia".

 

AÇÕES

Diante da suspeita da morte por dengue, o secretário informa que equipes do Setor de Controle de Vetores realizaram ontem bloqueio em uma área de 400 metros no entorno da residência da assistente social, no Jardim Paraíso, com busca ativa por casos suspeitos e eliminação de possíveis criadouros. "Essa fatalidade pode ser educativa. Foi um caso só e com essa gravidade. A gente tem que tentar trabalhar em conjunto. A população tem que se conscientizar", alerta. 

Para hoje, está prevista aplicação de inseticida na região, liberado ontem pelo Ministério da Saúde. Segundo ele, as ações incluem, ainda, a realização de diagnóstico sobre a rotina da paciente nas últimas semanas, levantamento do prontuário médico dela e pesquisa sobre eventual uso de anti-inflamatório.

De acordo com Pereira, neste ano, Pederneiras havia registrado dois casos suspeitos de dengue, ambos com resultado negativo. "Foi uma fatalidade muito grande porque foi o primeiro caso, e já com essa gravidade", declara. "Até que se prove o contrário, estamos tratando como se fosse um caso autóctone".

A reportagem entrou em contato com a administradora da Santa Casa de Pederneiras, Angela Kerche, mas foi informada de que ela estava em reunião e retornaria posteriormente a ligação, o que não ocorreu até o fechamento desta edição.

 

Fonte JCNET


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