Câmara afasta vereador de Pardinho suspeito de ofender jornalista com comentário machista
07/04/2022
Câmara afasta vereador de Pardinho suspeito de ofender jornalista com comentário machista

Foto - Divulgação

Denúncia por quebra de decoro foi protocolada pela vítima junto com áudio em que Célio de Barros (PSBD) teria feito o comentário ofensivo durante os trabalhos da CEI que ele preside

 

A Câmara Municipal de Pardinho aprovou na sessão da noite desta quarta-feira (6) o afastamento do vereador Celio de Barros, o Celião (PSDB), por quebra de decoro parlamentar, após denúncia de injúria contra uma jornalista do município.

A sessão foi acompanhando por um grande público, que lotou a casa do legislativo. A votação para abertura da Comissão Processante e afastamento do vereador foi a primeira pauta do dia.

Segundo a denúncia feita pela própria jornalista, Celião, que também é presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta para investigar outro vereador envolvido em uma denúncia de desvio de verba pública, teria criticado a jornalista durante uma sessão da CEI e emitido um comentário de tom machista e ofensivo.

Em áudio entregue junto com a denúncia e que já circula nas redes sociais da cidade, o vereador teria dito o seguinte durante os trabalhos da CEI: "quando eu estava de prefeito, ela [jornalista] só faltava dar pra mim". Durante a sessão, Celião usou a tribuna para pedir desculpas à jornalista e sua família.

Quatro parlamentares votaram a favor do afastamento do vereador e quatro votaram contra: Renan Pereira Eburneo, Diego Ribeiro Marcelo Camargo e o denunciado, Celio de Barros. O presidente da Câmara, Aires Nelson Merlin, deu o voto de desempate e aprovou o pedido.

“Não podemos admitir as falas machistas do vereador, por isso ele ficará afastado para investigações”, afirma o presidente da Câmara.  Ainda durante a sessão alguns moradores vaiaram os apoiadores do vereador afastado e a sessão precisou ser interrompida.

Com o afastamento de 90 dias aprovado, o suplente – Rodrigo Costa (PSDB) – já assume a vaga do vereador, tanto como parlamentar como presidente da CEI.

Se ao final das investigações o relatório da CP indicar a cassação do vereador suspeito, a aprovação do pedido precisará contar com maioria qualificada, ou seja, o voto favorável de seis dos nove vereadores.

Fonte – G1

 


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