Vaga ao Senado de São Paulo é disputada por 11 concorrentes, com dois candidatos liderando as pesquisas
29/09/2022
Vaga ao Senado de São Paulo é disputada por 11 concorrentes, com dois candidatos liderando as pesquisas

Os candidatos disputam a vaga que atualmente é ocupada por José Serra (PSDB), que não tentará a reeleição e concorre para deputado federal e as recentes pesquisas refletem a polarização da disputa presidencial

 

Com 11 candidatos na disputa, boa parte da campanha eleitoral para o Senado em São Paulo está centrada em discussões na área da Saúde, com destaque para propostas de atualização da Tabela Sistema Único de Saúde (SUS). A planilha é usada para definir transferências do governo federal para custear tratamentos nos Estados e municípios e, segundo os pretendentes, está defasada.

O tema é uma das principais bandeiras de campanha de Edson Aparecido (MDB), dono do maior tempo de exposição no horário eleitoral gratuito na TV e no rádio graças à ampla aliança feita pelo seu partido no Estado. Líder das pesquisas de intenção de voto, Márcio França (PSB) também tem pautado seus discursos nessa área, assim como Marcos Pontes (PL), segundo colocado.

“Vou batalhar desde o primeiro dia pela correção da tabela SUS. Sei que a correção não dá para ser feita tudo de uma vez, mas dá em quatro anos, corrigindo 25% ao ano”, promete França. O candidato também defende que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faça empréstimos para as Santas Casas do Estado.

“A tabela que remunera os serviços do SUS está congelada há 15 anos”, critica Aparecido, que promete buscar, no Senado, a correção para ampliar o atendimento nas Santas Casas e hospitais filantrópicos. O candidato do MDB ainda tem como plataforma de campanha o debate sobre a repatriação de impostos, em uma revisão do atual pacto federativo. Em propagandas e entrevistas, Aparecido tem batido na tecla de que não é justo São Paulo enviar R$ 716 bilhões à União e receber, em troca, R$ 47 bilhões, segundo ele.

Ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes enfatiza a informatização na área da Saúde. “Vamos empregar a transformação digital no SUS para otimizar os recursos disponíveis e diminuir drasticamente as filas de espera”, promete. Representante do bolsonarismo no Estado, ele também promete se dedicar a ampliar a oferta de vagas no ensino profissionalizante para reduzir o desemprego entre jovens.

As mais recentes pesquisas para o Senado mostram cenários semelhantes e refletem no Estado a polarização da disputa presidencial. De acordo com a Genial/Quaest divulgada esta semana, França está na frente, com 26%, seguido por Pontes, com 25%. Ambos estão tecnicamente empatados na margem de erro, que é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Na sequência, aparecem Janaina Paschoal (PRTB), com 5%; Edson Aparecido (MDB), com 2%; e Aldo Rebelo (PDT), com 2% das intenções de voto. Vivian Mendes (UP), Ricardo Mellão (Novo), Professor Tito Bellini (PCB), Antônio Carlos (PCO) têm 1%. Não pontuaram Dr. Azkoul (DC) e Mancha Coletivo Socialista (PSTU).

Os 11 candidatos disputam a vaga que atualmente é ocupada por José Serra (PSDB), que não tentará a reeleição e concorre para deputado federal. Os outros dois senadores de São Paulo são Mara Gabrilli (PSDB) e Giordano (MDB), com mandatos até 2027.


CURTA NOSSO FACEBOOK

PREVISÃO DO TEMPO

© Tribuna de Botucatu todos os direitos reservados.