Homem que morreu baleado em ação policial não era integrante de quadrilha, diz família
31/07/2020
Homem que morreu baleado em ação policial não era integrante de quadrilha, diz família

Foto - Facebook/Reprodução

Ivan ainda foi socorrido com vida e encaminhado ao Pronto Socorro do Hospital das Clínicas (PSHC) da Unesp, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer e caso está sob investigação

 

“Possivelmente, estava no lugar errado na hora errada”. Assim se pode dizer sobre um homem chamado Ivan de Almeida, de 29 anos, baleado na manhã desta quinta-feira (30) numa ação policial, no Bairro Recanto Azul.

A polícia perseguia uma quadrilha portando armas de grosso calibre que invadiu a Cidade na noite de quarta-feira (29) para assaltar a agência do Banco do Brasil. Além das forças de segurança de Botucatu estavam na operação de captura equipes especializadas de São Paulo e  dezenas de policiais de outras cidades da região.

No momento em que foi baleado Ivan se encontrava em um local onde integrantes da quadrilha estavam em fuga usando um carro roubado e se refugiaram adentrando ao matagal, trocando tiros com a polícia e ele acabou sendo alvejado.

O homem baleado é ex-presidiário e tinha diversas tatuagens pelo corpo, inclusive uma de palhaço. Essa tatuagem, “via de regra”, representa que aquele que a possui é um matador de policiais. Tal fato teria reforçado a suspeita de que seria integrante da quadrilha.

Ele ainda foi socorrido com vida e encaminhado ao Pronto Socorro do Hospital das Clínicas (PSHC) da Unesp.  Entretanto, não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. O caso está sob investigação.

Através das redes sociais, familiares deste homem apontam que ele era dependente químico, estava morando na rua há cerca de um mês e dormia embaixo de uma ponte na região do Recanto Azul. Era assistido pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), da Secretaria Municipal de Assistência Social, de Botucatu.

“Não era bandido e nem estava armado. Nascido e criado em Botucatu, não tem nada a ver com essa quadrilha. Nem dirigir sabia e tinha filhos. Ele já esteve preso e tentava recomeçar a vida. Fizemos de tudo para que ele viesse morar em casa, mas ele não quis. Gostava de música e ser o `MC Sapequinha´ era seu sonho”, disse uma integrante da família em seu facebook, que também lamentou o fato de as fotos de Ivan morto serem publicadas nas redes sociais.

A Polícia Militar de Botucatu dá uma versão contrária a da família de Ivan. Aponta que o indivíduo saiu do meio do mato num local onde estava havendo troca de tiros e ele se protegia com um colete à prova de balas e empunhava uma pistola 762, sendo legítima a ação.


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