Desenvolvimento das monoculturas, o avanço das construções urbanas nas áreas verdes, queimadas e o aumento das malhas viárias diminuem os habitats naturais dos animais silvestres, que acabam invadindo a zona urbana
O Grupo de Proteção Ambiental (GPA) da Guarda Civil Municipal de Botucatu realizou na manhã desta quinta-feira (22) dois resgates de animais silvestres em área urbana do município.
No primeiro foi resgatado um frango d'água que se encontrava no quintal de uma residência. A ave foi encaminhada ao Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (CEMPAS), da Unesp, onde permaneceu sob cuidados dos veterinários de plantão.
O outro caso ocorreu na região da praça Brasil Japão, onde um lagarto teiú estava acomodado em um monte de telhas em uma residência em reforma. O animal foi resgatado e devolvido a seu habitat natural.
Tratamento de animais silvestres
O professor/doutor Carlos Roberto Teixeira, responsável pela introdução do CEMPAS em Botucatu enfatiza que o desenvolvimento das monoculturas, o avanço das construções urbanas nas áreas verdes, queimadas e o aumento das malhas viárias diminuem os habitats naturais dos animais silvestres, que acabam invadindo a zona urbana.
No CEMPAS estão dezenas de aves e animais resultado de apreensões policiais, vítimas de atropelamentos em estradas, queimadas e caçadores ou ainda vindos de pessoas que criam os animais e depois resolvem abandoná-los.
“Animais que não podem mais viver na natureza são usados para doutorado ou encaminhados para criadouros conservacionistas legalizados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Produtos Renováveis (IBAMA) ou mesmo para zoológicos”, explica Teixeira. “Já os animais recuperados e em boas condições de saúde são reintroduzidos ao habitat natural”, complementa.